Ao comemorar nesta terça-feira (10/12) seus 60 anos de emancipação política, o município de Rondonópolis vive uma das melhores fases da sua história. O principal motivador da nova onda de euforia é a concretização de um antigo sonho: a chegada da ferrovia, com a implantação do maior terminal ferroviário da América Latina no município. A expectativa é que o empreendimento traga uma série de outros investimentos em função da logística oferecida.
Com mais de 200 mil habitantes, Rondonópolis convive com o otimismo como um dos principais sentimentos da atualidade entre os seus moradores. Aliado à ferrovia, a cidade conta ainda a seu favor com a boa fase do agronegócio mato-grossense e o fortalecimento da economia local, que recebeu mais indústrias e se diversificou mais, gerando mais empregos e oportunidades.
No que tange à infraestrutura de serviços gerais, de saúde, educação e comércio, pode-se observar uma crescente melhora na qualidade, oferta e atendimento, consolidando Rondonópolis como principal pólo de serviços do interior de Mato Grosso. Apesar de ser o terceiro município em população de Mato Grosso, Rondonópolis se desponta como a segunda economia do Estado, atrás apenas da capital Cuiabá.
Existe até quem acredite que o município possa dobrar sua população nos próximos 10 anos, conforme apurado pela revista Rondonópolis “60 Anos”, que circula junto com esta edição. Exagero ou não, o esperado período de altos índices crescimento para os próximos anos também demandará desafios diante de gargalos que já começam a aparecer, seja no trânsito, na qualificação da mão-de-obra, na saúde pública ou em segurança pública.
Para que esse quadro não se agrave ainda mais, as políticas públicas precisam começar a acompanhar a demanda da população. “Nós temos a dependência do município, e isto em geral no País, dos recursos Federal e Estadual para a implantação de políticas públicas, bem como o mau uso do dinheiro público com serviços e obras inacabadas, precárias. Há um problema entre empreiteiras e setor público que precisa ser superado. Hoje falta fiscalização e mais rigor”, alerta o doutor em ciências políticas e professor de história da UFMT, campus de Rondonópolis, Plínio Feix, em relato para a revista Rondonópolis “60 Anos”.
Mesmo com os desafios, as expectativas em todos os setores são as melhores para os próximos anos. Essas e muitas outras informações, permeando a ocupação, povoamento e evolução municipal, podem ser conferidas em diversas reportagens especiais na revista Rondonópolis “60 Anos”, que circula junto com esta edição.
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Eu amo essa cidade!
É muito interessante, sabermos de alguns dos desafios da cidade de Rondonópolis no que tange a infra-estrutura! Pois cidades com o mesmo perfil se sobressairão formando as suas regiões metropolitanas.
Seria muito importante nos 60 anos de Rondonópolis discutir ou rediscutir o papel e a importância de cidades como Jaciara, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Guiratinga, São José do Povo, Itiquira, Poxoréo, que foi ‘mãe’ de Rondonópolis, e Pedra Preta, pois essas cidades demandam por serviços públicos e privados que ficam reprimida a Rondonópolis, que por sua vez não atende toda a alta complexidade no serviço de saúde, sobre a regulamentação do transportes coletivos intermunicipal e interestadual com outras cidades da sua região.
Como acontece em Cuiabá no processo de integração Cuiabá/Várzea Grande e outras cidades da sua região metropolitana.
60 anos é hora de discutir o futuro, se são a 2º maior economia, a 3º maior população devem criar de fato uma discussão sobre a 2º região metropolitana do estado: a REGIÃO METROPOLITANA DE RONDONÓPOLIS, pois cidades como Campinas, Londrina, Uberlândia, que são cidades iguais no perfil econômico, populacional e também politico desenvolveram e estão em fase de implantação.
Pois o Brasil a 59 regiões metropolitana e na região centro-oeste a apenas 3, a Região Metropolitana de Goiânia, Região Metropolitana de Brasilia e a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, que engloba Cuiabá e mais 12 cidades, e em implantação a Região metropolitana de Anápolis.
O jornal A Tribuna deveria exercer esse papel de liderar essa discussão sobre o papel de Rondonópolis não apenas para o estado de Mato Grosso mais também para outras cidades do seu entorno.