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Obama viaja para a Europa para participar de sua última cúpula da Otan – 14h31′

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realiza nesta quinta-feira o que provavelmente vai ser sua última viagem à Europa para participar de uma cúpula da Otan, marcada pelo “Brexit” e por um leque de inquietações cada vez mais amplo.

Obama decolou rumo a Varsóvia, onde participa nesta sexta-feira e no sábado de sua última cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), visto que deixará o cargo em janeiro.

Isto antes de visitar a Espanha, um país com o qual a relação em matéria de segurança foi reforçada nos últimos anos e que se “encaixa muito bem nesta viagem, porque é um aliado-chave na Otan”, afirmou na quarta-feira o diretor de assuntos europeus do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Charles Kupchan.

Esta é a primeira visita à Espanha de um presidente americano em 15 anos.

A cúpula da Otan deste ano marca um “ponto de inflexão” na história da Aliança, pela soma das “ações agressivas da Rússia” no leste, o pico de atividade extremista no Oriente Médio e o fluxo de refugiados no Mediterrâneo, resumiu o embaixador dos EUA na organização, Doug Lute, em entrevista coletiva.

“Segundo minhas contas, não houve outro ponto de inflexão como este para a Aliança desde a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética entre 1989 e 1991”, afirmou Doug na quarta-feira.

Espera-se, no entanto, que alguns desses temas essenciais para a Otan sejam eclipsados pela recente decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia (UE), um assunto que vai dominar vários dos contatos de Obama em Varsóvia.

O “Brexit” será o tema central da primeira reunião de Obama na sexta-feira, uma “reunião de líderes” com os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk; e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Obama deve também conversar em algum momento da cúpula com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, que deixará o poder em outubro, para “reiterar o quanto gostou de ter trabalhado com ele nos últimos anos”, explicou na entrevista coletiva da quarta-feira o assessor do presidente, Ben Rhodes.

Sobre o “Brexit”, o presidente quer falar sobre como os EUA “podem continuar trabalhando com seus aliados britânicos e europeus para ajudar a assegurar a estabilidade financeira neste momento, e como trabalhar juntos para apoiar o crescimento econômico global e combater qualquer fator adverso derivado do voto”, disse Rhodes.

O presidente americano pretende encerrar a cúpula com uma ideia mais clara do que Cameron e os líderes europeus “pensam sobre as negociações a respeito da decisão britânica de deixar a UE”, acrescentou Rhodes.

As negociações sobre o acordo comercial entre EUA e UE, conhecido como TTIP, também entrarão na agenda de Obama tanto na Polônia como na Espanha, segundo o assessor.

Obama também se reunirá na sexta-feira separadamente com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e o presidente da Polônia, Andrzej Duda, e participará de um jantar com os demais membros da Aliança.

No sábado, Obama discursará em várias sessões de trabalho, entre elas uma sobre o Afeganistão e outra sobre a Ucrânia junto com o presidente desse país, Petro Poroshenko; a chanceler da Alemanha, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi; e o britânico, David Cameron.

Após dar uma entrevista coletiva, Obama viajará para Sevilha, aonde chegará no final do sábado.

Ele será recebido no aeroporto pelo rei Felipe VI, que no dia seguinte o acompanhará em um passeio pelo centro histórico da cidade andaluza, no qual visitarão a Fortaleza e a Catedral de Sevilha.

Em seguida, Obama irá para a base naval de Rota, em Cádiz, onde visitará um dos quatro destróieres americanos que fazem parte do escudo antimísseis da Otan e falará às tropas ali posicionadas.

“Obama destacará a próxima cooperação com a Espanha como aliado da Otan e o trabalho que estamos fazendo juntos no Mediterrâneo para a defesa antimísseis”, antecipou Rhodes.

Nessa mesma tarde, o presidente viajará para Madri, onde na segunda-feira se reunirá com o presidente do Governo espanhol interino, Mariano Rajoy, e depois com o rei Felipe VI.

Após participar de um almoço patrocinado pelo rei, Obama se reunirá com “vários líderes dos outros partidos políticos (de oposição), reconhecendo que estamos perante um momento politicamente crucial na Espanha depois das eleições” do dia 26 de junho, segundo explicou Rhodes, sem detalhar quem estará na reunião.

O último ato de Obama na Espanha será um encontro com jovens, que poderão fazer perguntas diretamente a ele e para quem falará sobre “a importância da relação transatlântica”, sobre “como facilitar o crescimento econômico” e “os valores” que unem os dois países, finalizou Rhodes.

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