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Rondonópolis
, 18 maio 2024
 
 

Morte de advogado: Acusado de liderar grupo criminoso, contador está foragido

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Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis (Foto – Polícia Civil de Mato Grosso)

O contador e empresário João Fernandes Zuffo, de 53 anos, está com mandado de prisão decretado pelo juízo da Comarca de Juscimeira e está sendo considerado foragido – até o fechamento desta edição, na tarde deste sábado (18/9). A Polícia Civil concedeu uma entrevista coletiva na sexta-feira (17/9) e informou que ele é investigado como líder de um grupo criminoso que cometeu diversos roubos na região, entre eles o que terminou com o latrocínio do advogado João Anaídes Cabral Netto, 49 anos, ocorrido no mês de julho deste ano, em Juscimeira.

Esta notícia deixou a população de Rondonópolis chocada, devido o grande conceito gozado pelo contador João Zuffo, agora acusado como líder de um grupo criminoso.

 

 

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Em função das investigações, a Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira, em Rondonópolis, mandados judiciais de busca e apreensão contra o contador e empresário, fazendo parte da Operação Flor do Vale, conduzida pela Delegacia da Polícia Civil de Juscimeira, cujo inquérito apurou as circunstâncias e afirma ter identificado os envolvidos no crime ocorrido no dia 17 de julho deste ano em um condomínio de chácaras, em Juscimeira, que vitimou o advogado João Anaídes.

De acordo com o delegado Ricardo de Oliveira Franco, as provas produzidas e indícios reunidos no inquérito demonstram a liderança do contador no planejamento e execução de diversos crimes patrimoniais ocorridos na região. Ele é acusado de planejar, apontar e indicar aos comparsas do grupo criminoso os lugares para executar os roubos, entre eles o que ocorreu no condomínio de chácaras onde três propriedades foram alvos do grupo e em uma delas o advogado foi morto.

O contador João Zuffo tem uma chácara no mesmo condomínio onde ocorreu o latrocínio e na data ele estava na propriedade, onde aguardava, segundo a polícia, a conclusão do roubo e se passava também por vítima. Três dos criminosos identificados na investigação do latrocínio já estão presos. Um deles é funcionário do contador. A polícia acusa ainda a participação dele, do patrão e de outros dois em outro roubo cometido também contra um advogado, em dezembro do ano passado, quando foi levado um veículo BMW da vítima, em Cuiabá. Na ocasião, o contador é acusado de estar presente no local do roubo e se passar por vítima.

O delegado Ricardo Franco informou ainda que, no decorrer da apuração para esclarecer o latrocínio, a Polícia Civil chegou a outros dois crimes possivelmente cometidos pelo mesmo grupo criminoso. O roubo de um veículo em Cuiabá e outro executado no mês de abril deste ano, em Juscimeira.

“É uma organização criminosa que conseguimos desmantelar, com a identificação de todos os envolvidos e a prisão de alguns deles. Os demais estão com os mandados expedidos e que tentaremos cumprir”, esclareceu o delegado responsável pelas investigações.

LATROCÍNIO
As investigações identificaram o envolvimento de oito pessoas no latrocínio do advogado, sendo que três delas já estão presas. O grupo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, roubou algumas propriedades e na última delas, em que estava a vítima, amarrou as pessoas que estavam na casa.

O advogado João Anaides e mais uma vítima do assalto foram amarradas separadamente em um banheiro. Os suspeitos começaram a subtrair objetos pessoais das vítimas e logo em seguida foi ouvido um disparo de arma de fogo vindo do banheiro. A polícia não deixou claro sobre o que levou o grupo a matar o advogado.

Uma vítima que estava trancada no banheiro junto com o advogado relatou que um dos suspeitos arrombou a porta e efetuou um disparo na cabeça de João Anaides. Após o disparo, os criminosos fugiram do local levando duas camionetes, uma delas, do advogado.

OUTRO LADO
O advogado Bruno Balata, que defende o empresário João Fernandes Zuffo, alegou em nota à imprensa que a Operação Flor do Vale, deflagrada na manhã desta sexta-feira, e que cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Zuffo Assessoria Contábil, em Rondonópolis, foi arbitrária e abusiva.
Bruno relata ainda que as irregularidades já vêm sendo cometidas desde o início da investigação, sendo que já chegou a juntar termo ao inquérito, apontando que uma testemunha relata a prática de tortura psicológica para se obter a “verdade real” e, tão somente a partir desse fato, a autoridade policial teria chegado à conclusão de que o empresário Zuffo teve suposto envolvimento com o caso investigado.

Segundo a defesa, a investigação não conseguiu demonstrar o nexo de causalidade entre o empresário e o crime. Atesta ainda que, desde o começo da investigação, o empresário se colocou à disposição da Polícia Civil para colaborar com o inquérito, contudo, sempre foi vítima de resistência por parte do delegado responsável pelo caso.

Ainda na nota, Bruno aponta que “é inconcebível que, após mais de 60 dias do fato trágico que levou a óbito o advogado no lago de Juscimeira, acreditar que uma diligência de busca e apreensão resolveria o caso em tela. Essa atitude somente serviu para manchar a imagem da pessoa que sempre se prontificou em ajudar a cooperar com as investigações e não tem participação nenhuma com o crime investigado”.

“Reforçamos que o empresário possui endereço físico há mais de 30 anos no município de Rondonópolis, tendo reputação conhecida e serviços filantrópicos prestados à comunidade… João construiu sua carreira sólida no município de Rondonópolis e não precisaria, em hipótese alguma, formar quadrilha para praticar roubos, tampouco contra seus próprios amigos e vizinhos de rancho”, diz o advogado na nota.

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