Afirmações como a do embaixador André Aranha Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, publicadas na edição de ontem do A TRIBUNA, de que as seguidas ondas de calor que o mundo enfrenta, sentidas na pele no Brasil, especialmente no ano passado e início deste ano, são um alerta de que a comunidade internacional não pode mais perder tempo no combate ao aquecimento global e precisam ser levadas em consideração. Talvez, com a população sentindo os efeitos das mudanças climáticas, ações mais efetivas comecem a ser adotadas.
As alterações no clima causadas pelo aquecimento global não podem mais ser ignoradas. O rondonopolitano, por exemplo, também está sentindo na pele as mudanças climáticas.
Tanto o calor tem ficado mais intenso, com períodos cada vez mais longos de ondas de calor extremo, como o sistema de chuva tem sido alterado, com períodos de estiagem mais extensos e intensos.
O que acontece agora é que as pessoas começaram a sentir fisicamente os efeitos das mudanças climáticas e isso pode sim, como diz o embaixador, causar um impacto psicológico importante para que a sociedade ganhe impulso para enfrentar o problema, e isso é necessário que ocorra sob pena de um futuro catastrófico em todo o mundo.
Não se pode mais esperar para agir e essa ação precisa ser global, apesar de que a implantação de medidas sustentáveis e a preservação ambiental local também têm sua importância em todo o processo.
Entretanto, diante do atual cenário é fundamental que a comunidade internacional dê andamento em medidas primordiais para, pelo menos, conter as mudanças climáticas que estão sendo vivenciadas nos últimos anos, não somente na contenção do desmatamento, que é importante, mas também nas ações de transição energética, investimentos em biocombustíveis e geração de energia limpa.
A descarbonização, por exemplo, é fator determinante para que se contenha o processo atualmente em andamento que afeta o clima mundial.