Chega de chupim!

Mais uma vez, voltamos ao assunto neste espaço. Há um certo tipo de comércio praticado por aqui que é danoso para o município, pois não gera empregos, impostos e nem renda para a cidade, que é o tal “comércio itinerante”, aquele que vem para cá na surdina, comercializa seus produtos de origem duvidosa e depois vai embora sem olhar para trás, sem gerar nenhum benefício social para o município. E voltamos a bater na mesma tecla: não geram empregos, não gera impostos e não contribui de nenhuma outra forma com a cidade.

Além disso, é claro, pratica uma concorrência desleal com o pequeno e médio comércio e, porquê não, até com o grande, pois como não paga nenhum aluguel, funcionário ou imposto, esse tipo de comércio de rapina tem como praticar preços que os comerciantes que cumprem com sua obrigação não conseguem. Eles simplesmente vêm, vendem seus produtos e vão embora, não se importando em dar nenhum tipo de cobertura para seus consumidores, que caso venham a adquirir algum produto defeituoso, simplesmente não têm a quem recorrer e cobrar uma garantia.

Ao invés de acrescentar, como o faz o comércio formal, que tem endereço fixo, oferece garantia, emprega e paga impostos, na verdade, esse tipo de negócio é como um chupim, aquele pequeno pássaro que invade as plantações aos bandos, para se aproveitar principalmente de grãos. Só se aproveitam do que os outros já fizeram com muito trabalho e sacrifício. No caso do passarinho, é a sua natureza e não há o que fazer. Mas no caso do comércio itinerante, o poder público pode e deve estabelecer um freio para ele.

Recentemente, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) anunciou a formação de uma força tarefa para fechar o cerco contra esse tipo de negócio, o que é muito bom para a cidade, que está de braços abertos para receber pessoas de qualquer lugar do país para comercializar quaisquer produtos lícitos, mas desde que seja dentro do estabelecido em lei, pagando seus impostos e contratando mão de obra local. Caso contrário, que sumam daqui esses chupins!