Rumo à UFR!

A notícia de que foi aprovado pela Câmara Federal o Projeto de Lei nº 5.273/2016, que cria a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), foi recebida com muita alegria por todos aqueles que ao longo dos últimos anos travam essa luta pelo desmembramento do campus local da UFMT.
Muitas reuniões, discussões, cobranças políticas… O trabalho foi árduo para se chegar até esse momento. Agora, com o envio para o Senado Federal, chega a hora dos senadores do Estado, sendo dois deles de Rondonópolis, trabalharem para a aprovação e, por fim, a sanção do presidente. Não será tarefa fácil, porque o tempo para que a UFR entre no orçamento de 2019 é curto. O primeiro semestre de 2018 será hora dos matogrossenses mostrarem sua real força política na Casa.
Mas, deixando de lado um pouco a questão política, é importante ressaltar as mudanças que a criação da UFR pode provocar no município, região e Estado. Primeiro, com a UFR, Mato Grosso passa a ter duas universidades federais. Bem abaixo do necessário, mas uma importante conquista. A universidade vai gerar novos empregos e movimentar a economia local. Com mais cursos e mais alunos, o que a autonomia econômica deve proporcionar, mais pessoas vão gastar na cidade, favorecendo comércio e empresas. Sem falar no crescimento intelectual que uma universidade federal promove e nos diversos serviços que hoje já são oferecidos para a comunidade por meio dos projetos de extensão, que devem ser ampliados.
Embora muitas pessoas estejam envolvidas com a criação da UFR, boa parte da população parece ainda não ter percebido a importância dessa emancipação do campus da UFMT. Há pouca movimentação dos estudantes e das escolas, por exemplo. Quanto mais pessoas estiverem nessa luta, mais chance de dar certo.
A universidade deve ser reconhecida como uma instituição que desempenha importantes papéis para o desenvolvimento humano. Ela tem a missão não apenas de possibilitar aos alunos a obtenção de um diploma, um emprego e remuneração, mas principalmente produzir novos conhecimentos e aplicá-los à realidade social. Além disso, a universidade retribuirá o investimento que recebe da comunidade, desenvolvendo estudos, pesquisas e projetos de extensão. O ganho para a população será enorme.