De passo em passo

O caminho para transformação do campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Rondonópolis em uma universidade federal autônoma é longo, mas, felizmente, a caminhada nesse propósito tem tido avanços importantes. A mais recente conquista foi a aprovação de parecer relativo ao projeto que cria a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), assim como noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA.
Entre os outros passos importantes dados, citamos a decisão da então presidente da República Dilma Rousseff em enviar o projeto de lei que cria a UFR para o Congresso. Outra conquista é a previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017, aprovada pelo Congresso Nacional, quanto a admissão de servidores e destinação de recursos do orçamento para a implementação e o funcionamento da UFR já em 2017.
Isso denota que está nas mãos dos nossos parlamentares agilizarem os procedimentos para que o projeto da UFR receba as devidas aprovações no Congresso. Infelizmente, o processo de impeachment de Dilma e agora de cassação do deputado federal Eduardo Cunha estão demandando grande espaço dos parlamentares e travando as pautas que alacavam que o desenvolvimento do nosso País.
Estranha-se, no entanto, que o projeto da UFR já teve o regime de urgência aprovado na Câmara Federal em junho deste ano, mas até agora a pauta ainda não entrou em votação no plenário da Casa. Com isso, cabe requerer dos nossos representantes políticos a devida celeridade na aprovação desse projeto que é de suma importância para nossa região, tão carente em oportunidades no ensino superior.
Somente com a mobilização da sociedade, que não pode deixar de cobrar, e a articulação política dos nossos parlamentares conseguiremos dar os passos restantes para a consolidação da UFR, passando pelos ritos ainda necessários na Câmara Federal, depois no Senado e, por fim, com a sanção presidencial.
De passo em passo, a UFR está ficando cada dia mais palpável! Como assevera o ditado popular, estamos com a faca e o queijo nas mãos, mas não podemos dormir no ponto. Caso contrário, tramitação do projeto pode avançar para 2017 e a implementação da UFR pode ficar inviável para o próximo ano.