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Rondonópolis
 
 

A culpa também é nossa…

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Entra ano e sai ano e o Município de Rondonópolis figura entre as cidades mais violentas do País. Em praticamente todos os estudos que são divulgados, a cidade ‘conquista’ colocações indesejáveis para qualquer morador que gosta de viver aqui. No último estudo divulgado, o Mapa da Violência 2016, a cidade novamente figura entre as mais violentas. Com uma média de 207 mil habitantes entre 2012 e 2014, Rondonópolis figurou na 125ª posição no Brasil no “Mapa da Violência 2016”, com taxa de 47,1 assassinatos para cada 100 mil habitantes.
A cidade teve 71 homicídios por armas de fogo em 2012, disparou para 123 casos em 2013 e caiu para 99 registros em 2014, perfazendo uma média de 97,6 crimes do tipo por ano. Vale lembrar que apesar dos anos bases do estudo serem 2012, 2013 e 2014, nada mudou em 2015 e nada muda até o momento em 2016, e isso é realmente assustador. A cidade derrama sangue, e derrama por razões diversas. Muita gente finge que não vê, ou vive distante da realidade rondonopolitana.
Por longos anos, tivemos Polícia Militar e Polícia Civil totalmente sucateadas. Sem material para trabalho e sem material humano. Os policiais são insuficientes. Nesta atual gestão, é fato que houve a realização de concurso público e a contratação de policiais militares, civis, bombeiros, mas havia tantos para se aposentar, que o que sentimos foi apenas uma reposição de peças.
A violência é culpa de quem? Vivemos em uma cidade que faz divisa com dois estados, que margeia duas importantes rodovias federais, onde há um trânsito enorme de pessoas, onde está a falha?
A falha está na fronteira que não impede a entrada de drogas e armas, a falha está nas rodovias onde o transporte de produtos ilícitos é quase livre, a falha está na falta de investigação, a falha está no sistema carcerário que não recupera ninguém, a falha está na falta de políticas públicas eficientes, a falha está na falta de educação, de moradia, de saúde, a falha está nas famílias desestruturadas, a falha está em todos os lugares.
Não se culpa a polícia pelos homicídios que acontecem nesta cidade, a polícia não tem como prever que um homem vai sentir ciúmes de sua esposa e por isso vai mata-la com marteladas na cabeça. A culpa precisa ser dividida. A culpa também é nossa, que não escolhemos bons governantes e pagamos pela nossa incapacidade ao voto consciente com o medo de sair de casa, o medo de ser a próxima vítima. De nós até o presidente da República, todos temos a nossa parcela.
Rondonópolis precisa de um choque de gestão, assim como Mato Grosso e assim como o Brasil. Não será uma mudança da noite para o dia, mas é preciso começar. A parte ruim, deixe nos dizer, é que já deveríamos ter começado há décadas.

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