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Rondonópolis
 
 

Por que tanta demora?

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A chamada Área de Preservação Permanente (APP) é definida no artigo 3°, II, da Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012, como sendo uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, e que tem como funções ambientais a preservação dos recursos hídricos, da paisagem, da estabilidade geológica e da biodiversidade, bem como a facilitação do fluxo gênico de fauna e flora, a proteção do solo e, por fim, assegurar o bem-estar da população.
Para os ambientalistas, as ocupações em áreas verdes refletem negativamente, já que essas áreas servem para infiltração de água, melhoram o clima e são considerados os “pulmões” da cidade. Há muito tempo, as áreas verdes em Rondonópolis vêm sofrendo com invasões, que geram a destruição por muitas vezes das riquezas naturais que deveriam estar preservadas. Muitas dessas famílias que se instalam nessas áreas, realmente, não têm um local para morar e nem condições financeiras para arcar com o valor de um aluguel. No desespero, acabam construindo barracos e morando em situações degradantes, sem as mínimas condições de infraestrutura e sanitárias.
Mas, há que se lembrar de que em meio à essas famílias também há pessoas que agem com má fé, apenas em busca de ganhar um terreno ou uma casa, desrespeitando a fila de espera com inúmeras pessoas que aguardam para conseguir a tão sonhada casa própria por meio de programas habitacionais no município.
O que chama muito a atenção nesses casos de invasões é a demora para a retirada dos invasores, como no caso noticiado na edição de ontem (26) do jornal A TRIBUNA, onde as famílias estavam dentro de uma APP desde 2011. É claro, que dentro de todas as hipóteses há de se considerar fatores como o interesse político dentro dessas invasões, mas a morosidade da justiça também tem a sua grande parcela de culpa.
E enquanto se empurra de lá e de cá soluções, as áreas são desmatadas, aterradas, destruídas, perdendo assim aquela que seria a sua função inicial. Ainda existem outras áreas invadidas em Rondonópolis. O que se espera é que o problema seja resolvido com maior celeridade, e que medidas para que não volte a acontecer sejam realmente tomadas. O próximo ano é eleitoral, e não se pode deixar que promessas de terrenos ou casas para a garantia de votos destruam áreas que visam o bem coletivo.

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