Problema crônico

A região do Ginásio Marechal Rondon vem se tornando uma espécie de “cracolândia” rondonopolitana. O problema do consumo de droga por moradores de rua nessa região é antigo, mas tem aumentado grandemente nos últimos tempos. Os usuários de drogas se tornaram um grave problema social nesta região da cidade, tirando o sossego dos moradores e comerciantes e elevando os índices de criminalidade.
Para fomentar o consumo de drogas, muitos desses moradores de rua praticam pequenos furtos, assaltos ou intimidam motoristas ou pedestres. Na semana passada, duas pessoas foram assassinadas e duas ficaram feridas a tiros junto ao Ginásio Marechal Rondon. Ainda neste mês de abril mais uma outra pessoa foi morta nas proximidades do Ginásio Marechal Rondon, após ser golpeada com um bloco de concreto na cabeça.
Cabe observar que, nessa região da cidade, os moradores realmente sofrem com a convivência direta com os moradores de rua dependentes químicos. Ao contrário, os moradores dos bairros Moradas de Parati e Belo Horizonte se vem diante de uma preocupação diferente: receber um centro de tratamento para dependentes químicos. Nesse caso, acreditamos que a convivência não será direta, pois os dependentes químicos estarão alojados dentro do centro e recebendo um tratamento.
A situação na região central preocupa a todos, pois, ao longo dos anos, são muitas as promessas de controle dos moradores de rua, com políticas adequadas, mas até hoje os resultados não são vistos. Conforme publicado ontem pelo Jornal A TRIBUNA, vários organismos de Rondonópolis se reuniram nesta semana, para concretizar ações junto aos moradores de rua. A intenção é que ações mais rígidas em relação aos moradores de rua sejam tomadas.
Sabemos que não é um problema fácil de resolver, mas os organismos públicos precisam acompanhar mais de perto a população de rua, garantindo-lhes a assistência necessária e coibindo ao máximo o porte, o uso ou o comércio de substâncias entorpecentes. A verdade é que os moradores de rua precisam de uma atenção constante, de forma conjunta.
O segredo aqui é o poder público não baixar a guarda e os cuidados em relação a esse grave problema social.