Um grito de socorro

O número de empresas e residências assaltadas em Rondonópolis nos últimos dias chama a atenção. O alto índice de assaltos, além de gerar prejuízos financeiros, produz uma sociedade que se esconde dentro de casa e se protege com produtos eletrônicos de segurança, da forma como pode. O pior é a sensação de medo e de não confiança no Estado para proteger a si próprio.
Há anos que o Jornal A TRIBUNA, como representante da sociedade rondonopolitana, vem clamando por providências urgentes que venham amenizar a situação de insegurança na nossa cidade. Somente para lembrar, em 2009, participou do 1º Fórum de Imprensa sobre Segurança Pública em Rondonópolis, que resultou em um documento com mais de 25 sugestões e reivindicações apresentadas pela sociedade. Infelizmente, a maioria desses pedidos ainda não saiu do papel.
O momento atual, marcado por protestos públicos em todo o Brasil, é a hora de cobrar de nossos representantes e autoridades medidas que venham aplacar com os crescentes casos de assaltos em Rondonópolis, especialmente nos estabelecimentos localizados nos bairros e na periferia da cidade. Além de lojas e casas, motociclistas também têm sido alvos constantes dos assaltantes.
Em um país que paga tantos impostos, a condição de trabalhar com tranquilidade para honrar com as obrigações financeiras seria o mínimo a ser garantido. Sabemos que a solução para a atual onda de violência envolve questões maiores, como reformas na legislação brasileira, fazendo com que a impunidade não ganhe corpo…
Apesar disso, no caso de Rondonópolis, há muito o que pode ser feito de forma emergencial, a exemplo do aumento do efetivo policial, fazendo com que os bairros e a periferia estejam mais bem protegidos. A corporação da Polícia Militar em Rondonópolis deveria ser no mínimo dobrada para dar conta de um município com mais de 200 mil habitantes. Também é preciso que esses policiais tenham condições de trabalho, com melhores salários, qualificação, mais viaturas e equipamentos.
A sociedade rondonopolitana espera respostas urgentes do governador Silval Barbosa, que garantam mais segurança a todos os seus moradores. Esse grito não pode ser mais sufocado!