Novos médicos para diminuir gargalo

O anúncio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) campus de Rondonópolis de que as aulas do curso de medicina devem começar já em 2014, com a contratação inicial de 12 médicos como professores, traz um pouco de esperança em favor da melhoria do atendimento da saúde pública no município. A expectativa é que, com o curso, novos profissionais sejam atraídos para a cidade.
Com a vinda de novos médicos, por exemplo, poderia se esperar que um dos principais gargalos da saúde hoje na cidade pudesse começar a ser resolvido: que é a falta de médicos nos Programas de Saúde da Família (PSFs).
Em vários PSFs da cidade a presença de um médico não é constante. Os médicos contratados atendem em dias e horários específicos. Isso vem acontecendo por falta de profissionais que aceitam o trabalho, que tem uma exigência de oito horas por dia trabalhadas dentro do PSFs. Para atrair profissionais, a Prefeitura elevou os salários e fez novo processo seletivo, mas não obteve o sucesso desejado. Um dos motivos, é que simplesmente faltam médicos.
A falta de médicos na atenção básica é preocupante, porque faz com que o paciente procure o serviço de emergência, e no caso de Rondonópolis os pacientes acabam recorrendo ao Pronto Atendimento (PA), entupindo o setor e provocando longas filas para o atendimento. Problemas de saúde simples, que poderiam ser tratados pela atenção básica, ou seja, nos PSFs, acabem se transformando em problemas emergenciais.
Como o curso de medicina da UFMT não contará no início com um hospital universitário, serão feitos convênios para que os estudantes atendam nos hospitais e PSFs da cidade, com a supervisão dos professores. Com isso, já seria um ponto positivo para a saúde pública de Rondonópolis. O que se espera é que no futuro, profissionais formados pela UFMT continuem na cidade e contribuam para melhorar o atual gargalo.