Uma das heranças do governo Zé Carlos do Pátio para as próximas administrações municipais é a criação de loteamentos sem nenhuma estrutura básica, contrariando a legislação. Foram vários bairros e loteamentos criados em Rondonópolis sem asfalto, rede de esgoto, água encanada e rede de energia, com tudo a construir…
Trata-se de uma prática atualmente muito contestável e, de certo modo lamentável, em termos de urbanismo. Um dos exemplos mais recentes dessa situação foram os loteamentos Alfredo de Castro e Ananias Martins, após a Vila Paulista, ficando longe da região urbana do município. Além da falta de estrutura básica, ficam isolados das benfeitorias públicas, como saúde e educação.
O Jornal A TRIBUNA deste domingo traz uma reportagem especial sobre a situação das famílias do loteamento Alfredo de Castro depois de um ano do início da sua formação. Os leitores poderão ver que, em termos de infraestrutura, ainda há muito o que fazer. Agora será um desafio principalmente para o próximo prefeito levar os principais serviços públicos para mais essa região da cidade.
A criação de loteamentos ou bairros como esse fere a dignidade humana. Por mais que houvesse interesse das pessoas em ter um terreno próprio, devido ao déficit de habitação, seria mais sábio o gestor esperar mais tempo para entregar esses locais de moradia com estrutura necessária para que os cidadãos vivam com mais qualidade de vida.
Nas últimas décadas foram vários residenciais criados sem estrutura básica e, até hoje, não foram supridos das suas necessidades. Inclusive, com as perspectivas de crescimento de Rondonópolis com a chegada da ferrovia, o próximo gestor terá de investir fortemente no planejamento do município. A falta de diretrizes e planificação para orientar o crescimento de uma cidade gera conseqüências danosas a qualquer localidade.
Com a importância e porte atual, esperamos que Rondonópolis seja administrada com seriedade, respeito ao ser humano e com o devido profissionalismo.
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