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Rondonópolis
, 16 junho 2024
 
 

Sem essa de fazer “média”

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Não estamos aqui neste espaço para desmerecer classe alguma, menos ainda uma atividade tão importante como a entrega de correspondências, exercida principalmente pelos carteiros. Contudo, queremos questionar a postura da maioria dos vereadores de Rondonópolis em atender uma reivindicação meramente para tirar proveitos eleitorais.
Referimos ao episódio da aprovação do projeto de lei nesta semana, que estipula o horário para entrega de correspondências, panfletos e similares na cidade, limitando essa tarefa ao período da manhã. A justificativa é contribuir nas condições de trabalho desses profissionais que sofrem com as agruras das altas temperaturas da região.
Primeiramente, é de se estranhar porque a Câmara Municipal não tem legitimidade para definir questões trabalhistas, ainda mais de uma autarquia da União, a exemplo dos Correios. Aliás, a própria assessoria jurídica da Câmara se posicionou com parecer contrário ao projeto de lei, apontando a inconstitucionalidade.
Em segundo lugar, o Jornal A TRIBUNA tem mostrado, ao longo dos últimos anos, a caótica situação em que se encontra a entrega de correspondências em Rondonópolis, com constantes atrasos nesse processo. Há ainda um grande número de bairros da cidade que não contam sequer com entrega de correspondências.
Assim, os nobres vereadores deviam ter a preocupação de cobrar e lutar junto aos nossos parlamentares e políticos em Brasília (DF) uma atenção maior aos Correios em Rondonópolis, com mais contratação de profissionais, melhores salários e condições de trabalho. Isso contribuiria para que a população fosse melhor atendida – ao contrário do projeto aprovado, que deve intensificar ainda mais os atrasos nas correspondências.
O próprio presidente da Câmara, Ananias Filho reconheceu que a Casa pode ser acionada na Justiça pelos Correios. Explicando melhor, vemos como lamentável a postura da maioria da Câmara – apenas dois vereadores foram contrários – pois denota que a intenção ao aprovar o projeto, mesmo sabendo da sua inconstitucionalidade, é meramente eleitoreira, isto é, agradar essa categoria visando apoio nas próximas eleições ou sair com boa imagem.
Não entrando no mérito da importância e esforço dos nossos carteiros em prestar um bom serviço, apesar das suas limitações, mas é preciso ressaltar que não podemos aceitar que nossos políticos aceitem ainda fazer “média” com poucos em detrimento da seriedade do cargo que exercem. O cargo de vereador e os projetos de lei realmente devem ser levados a sério.

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