A alma do negócio

Diz o ditado cantado em verso e prosa por profissionais da mídia do Brasil, que a propaganda é alma do negocio. Na verdade, o ditado é válido, mas precisa de uma pequena adaptação, o certo é dizer que “a boa propaganda é a alma do negócio”.
Na política essa frase também deve ser levada a sério, pois em épocas de campanha eleitoral estamos diante de vários tipos de propaganda. Um exemplo que virou foco de discussões e polêmicas nos últimos dias em Rondonópolis e nas principais cidades de Mato Grosso é a questão da instalação de cavaletes com nomes e fotos de candidatos nos canteiros das principais vias de acesso das cidades, em qualquer município médio do nosso Estado e do país estamos diante do problema.
Em Rondonópolis, não é diferente, este tipo de propaganda infestou os quatro cantos da cidade, do centro à preferia, causando uma odiosa poluição visual e em muitos casos atrapalhando até mesmo quem está no trânsito, pois algumas placas podem atrapalhar a visão de motoristas se mal colocadas em uma rotatória, por exemplo. O fato que este tipo de propaganda incomoda até mesmo pelo volume de reclamações de todos os setores da sociedade que estamos vendo neste momento, basta ver que em diversas cidades as Câmaras de Vereadores têm criado leis no sentido de tentar coibir esse tipo de propaganda. Porém, a Legislação federal acaba sobrepondo a municipal e dificilmente um projeto desse emplaca.
O eleitor, por outro lado, tem demonstrado ojeriza a essa ação de mídia dos candidatos. Muitos eleitores dizem não a candidatos que na base do vale-tudo fazem suas propagandas nas ruas, ocupando de forma selvagem todos os espaços para publicidade permitida pela Legislação, como é o caso das placas. Alguns candidatos confundem o espaço que a Lei dá com a oportunidade de invadir um canteiro e colocar uma centena de placas. Por um lado, o candidato expôs a sua marca nas ruas, mas é importante ele também buscar elementos sobre até que ponto esse tipo de ação vai ter resultado eleitoral, não se sabe se o candidato com o maior número de placas colocadas na cidade ganha eleição, até mesmo porque a placa, mesmo que bonita e chamativa, não ganha voto. O eleitor e o voto ainda são conquistados com propostas, pela boa exposição das idéias. A simpatia e o corpo a corpo ainda fazem a diferença em uma eleição disputada como esta.