É preciso passar a limpo

Em um período curto de apenas 15 dias o Estado de Mato Grosso ganhou a mídia nacional com duas operações da Polícia Federal que colocaram dúvidas na atuação de alguns membros do Tribunal Regional Eleitoral e, novamente, do Tribunal de Justiça, com acusações de venda de sentenças, e outra que deixou a sociedade preocupada com a atuação de alguns empresários do ramo de madeira e também na questão de algumas decisões que foram tomadas na esfera administrativa pela Secretaria de Meio Ambientes do Estado.
A Operação Asafe realizada na semana retrasada levou juízes e desembargadores a irem à Polícia Federal para prestarem esclarecimentos.
Na operação Juripari realizada na sexta-feira pela Polícia Federal o foco foi outro, no caso os possíveis crimes relacionados principalmente à extração de madeira em Mato Grosso.
O que chamou a atenção foi a prisão de um grupo de pessoas influentes no Estado, como por exemplo, a esposa e outros familiares do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), do ex-secretário de Meio Ambiente do Estado, Luiz Henrique Daldegan e o chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Sílvio Correa Araújo. Somente nesta operação foram detidas 73 pessoas no Estado, sem dúvida um número impressionante sob todos os aspectos.
Na verdade essas prisões causam impacto na sociedade e não há como o cidadão mato-grossense ficar tranqüilo com o que está ocorrendo, a impressão que se tem é que a cada quarta-feira, uma nova onda de prisões e detenções passe a ocorrer no Estado e sempre levando pessoas influentes do nosso meio político e social.
O que se espera neste momento, no entanto, é que o Estado de Mato Grosso seja passado a limpo e logicamente que todos os culpados e os que realmente estejam envolvidos nestas situações sejam condenados, e desta forma torcer para que novas operações deste tipo não ocorram mais, pois o desgaste recai sobre todos os que vivem e acreditam em Mato Grosso.