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Rondonópolis
, 23 maio 2024
 
 

Para não virar utopia

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O modelo de reforma agrária do Brasil, da forma que está sendo feito, pode não dar certo. O governo brasileiro até conseguiu assentar famílias. Porém, o resultado prático foi muito pequeno. Foram poucos os assentamentos que realmente deram certo e que chegaram a pelo menos amenizar o problema social da terra.
O problemática do modelo foi a própria indefinição sobre quem realmente teria e tem direito a explorar as terras que foram colocadas à disposição dos movimentos socais.
No primeiro momento é fácil. Basta dizer que as pessoas que vivem em zonas rurais e precisam da terra para sobreviver poderiam se encaixar. Um ledo engano. Hoje, são poucas as famílias que têm esse perfil. A terra virou “solução” para o trabalhador também da cidade. E, neste bojo, existem sim pessoas interessadas em ter a terra como meio de sobrevivência. No entanto, há também grupos que tiraram proveito da reforma agrária para fazer especulação imobiliária e outros que apesar de precisar da terra, já não têm o perfil para atuar no campo.
E, esse, é um dos grandes pecados do processo de reforma agrária brasileira. O governo, até agora, não está sabendo separar o joio do trigo, isto é, distribuir a terra para quem realmente precisa da terra e, melhor, tem vontade de trabalhar e produzir.
Essa indefinição de quem é quem, está deixando a reforma agrária meio que à margem de tudo, não há um perfil do trabalhador que tem direito a terra. Desapropriar terras e assentar famílias, devido a uma série de fatores, ao invés de virar solução, em alguns casos virou um novo problema social.
A solução não deve ser parar de uma vez com todos processos de colonização das áreas e sim trabalhar para a formação de grupos de trabalhadores que realmente tenham perfil com a vida rural, ligações profundas com a terra e que saiba o que realmente quer.
Caso isso não seja feito, o projeto de reforma agrária no Brasil vai virar mais um de muitos sonhos utópicos do nosso país. Está na hora de mudar e buscar esse novo perfil.

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