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Rondonópolis
, 23 maio 2024
 
 

É preciso ordem com justiça

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A notícia da possibilidade de exoneração de quase 200 policiais militares em Mato Grosso, sendo 116 no Comando Regional Sul, por suposto envolvimento na manifestação por melhorias salariais e condições de trabalho orquestrada por esposas de militares em 2008, causou certa perplexidade na comunidade local, que viu, de uma hora para outra, surgir um problema social grave, que vai refletir diretamente na vida da sociedade local.
Não se pretende aqui questionar os méritos da decisão do Comando Geral da PM/MT, quando decidiu por investigar a situação, instaurando um Inquérito Policial Militar (IPM), atribuindo eventuais responsabilidades aos suspeitos de envolvimento. Isso tinha e tem que ser feito sempre, já que a Polícia Militar, por ser uma “força armada auxiliar” do sistema de segurança do país, precisa manter a ordem e a disciplina, e o devido respeito à hierarquia de sua instituição.
Todavia, o que é preciso ser levado em conta é que supostas motivações políticas ou pessoais poderiam estar influenciando essa decisão, que deveria ser pautada apenas pelos critérios de disciplina que regem a instituição militar, resguardando os princípios do estado democrático de direito, com o direito ao contraditório e à ampla defesa, como parece estar sendo feito.
No entanto, a sociedade questiona, por exemplo, outros casos considerados bem mais graves envolvendo militares, como casos de crimes de morte, e que nem por isso foram excluídos da PM, enquanto que uma simples suposta participação num movimento reconhecidamente legítimo e necessário, receba uma punição tão severa.
Por outro lado, é de se questionar a maneira empregada pela Associação da Família Miliciana constituída pelas esposas de militares, que no afã de ajudar os próprios maridos a conseguir melhorias salariais e condições de trabalho, acabaram expondo os militares a uma situação identificada pelo Comando Geral como uma insubordinação à hierarquia militar.
O fato é que o problema foi criado e importa agora encontrar uma solução mediadora, que não traga mais prejuízos às famílias dos policiais envolvidos e nem prejudique a segurança da comunidade, com a diminuição do efetivo.

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