1- SENHORES E SENHORAS,
até que enfim o quadro de candidatos a prefeito de Rondonópolis se definiu nas três candidaturas que já são do conhecimento público, sendo elas para a reeleição do prefeito Percival Muniz (PPS), a do atual vice-prefeito Rogério Salles (PSDB) e a do Zé do Pátio (Solidariedade). Nesta definição do quadro, dois dos candidatos a vice-prefeito, o vereador doutor Manoel (PMDB), na chapa de Muniz, e da ex-secretária de Saúde da atual administração Marildes Ferreira (PSD), na chapa de Rogério, já estão definidos, como se nota ambos são representantes que atuam na área da saúde do município, e antecipadamente já tinham sido ventilados pela Coluna. Ao que se comenta desde a definição destas candidaturas é que o doutor Manoel seria o vice de mais peso entre as duas chapas, enquanto que, após a dança das cadeiras, Zé do Pátio ficou sozinho sem a definição de um candidato a vice e apenas com uma leva de partidos nanicos, mas o vice dele ainda poderá ser uma surpresa, com expressão de nome ou não.
Ao todo foram anunciados nove partidos na base de apoio ao candidato Zé do Pátio: PRTB, PMB, PEN, PTB, Rede, PTN, PHS e PMN, além do Solidariedade. Nas articulações, o grupo de Pátio fez várias investidas para atrair o PSD para o grupo na vontade de ter como vice de Pátio a ex-secretária de saúde Marildes ou até mesmo o vereador Ibrahim Zaher, para compor chapa majoritária com no SD, no entanto como já era esperado e avaliado pela Coluna, logicamente o PSD do vice-governador Carlos Fávaro, apontado como uma filial do PSDB do governador Pedro Taques, não deixariam de caminhar juntos com os tucanos neste pleito municipal. Uma segunda investida do SD para emplacar o seu candidato de vice-prefeito foi a sugestão do nome do empresário Helinho do Cartório (filho do ex-prefeito Hélio Garcia), que estaria filiado ao PTB, mas também não decolou.
NESTE
quadro de definições de candidatos a vice-prefeito, algumas situações das chapas proporcionais sofreram alterações. No caso do PSD, até então Marildes Ferreira era tida como possível candidata a vereadora favorita do grupo. A escolha do nome dela, acaba aliviando a chapa de vereadores e facilitando os projetos de reeleição de vereadores do PSD, como Milton Mutum, Olímpio Alvis e Hélio Roberto Pichioni. Já com a indicação do nome do doutor Manoel como vice de Percival, a sua esposa jornalista Valéria Bevilacqua irá disputar uma vaga na Câmara Municipal.
2 – DEFINIDO O QUADRO
de candidatos a prefeito, muita coisa deverá mudar dentro de alguns partidos e do cenário político, como um todo. A exemplo, já chegou ao Colunista a informação de que o PSB sofrerá um “racha” e ainda para esta semana que começa está prevista a desfiliação em massa de muitos filiados, que hoje apesar do PSB estar no arco de aliança com o PSDB que lançou Salles como candidato a prefeito, têm muito dos seus membros preferindo a candidatura à reeleição de Muniz, principalmente aqueles ligados à atual administração, inclusive como titular de secretaria.
3 – PALCO
das últimas definições do cenário de candidaturas foi o Diretório do PMDB, anteontem durante todo o dia e parte da noite. Do final da tarde para o começo da noite de sexta-feira (5), a executiva do PMDB estava reunida com a do PSDB e as principais lideranças de sua base de apoio, como o deputado federal Adilton Sachetti (PSB) e o deputado estadual Nininho (PSD). A pauta principal desta reunião foi a indicação pelos peemedebistas do candidato a vice de Rogério Salles. Os nomes discutidos nesta reunião eram dos vereadores Adonias Fernandes, Thiago Silva e doutor Manoel, no entanto o preferido era de Thiago Silva, que ao final foi muito assediado para formar chapa com Salles. Thiago se sentiu bastante balançado com a proposta ao ponto de chamar até a família para ajudar a se decidir, porém avaliou que o melhor seria buscar a reeleição de vereador. Durante a reunião dos tucanos com o PMDB, a grande surpresa foi a chegada de Percival Muniz e seus assessores no diretório do PMDB para virar o jogo. Numa sala ao lado, Muniz aguardou o término da reunião com o grupo de Salles e em seguida entrou na sala para abrir o diálogo com o PMDB e já saiu de lá com o doutor Manoel como seu candidato a vice e foram direto para a convenção que ocorria no Diretório do PPS. O diálogo entre o PMDB e o PPS já vem desde há muitos dias, inclusive Muniz e a executiva do PMDB viraram a noite dialogando na casa do prefeito de quinta-feira (4) para sexta-feira (5), discutido coligações e o quadro atual das eleições, e nem perceberam que o dia já estava clareando.
4 – EM MEIO
a todas estas articulações políticas evolvendo o PPS, o vereador Thiago Muniz (PPS), tem se apresentado como o fiel escudeiro do seu primo prefeito Percival Muniz. Na semana passada o vereador foi quem fomentou o encontro de Percival e o Ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), em sua residência na Vila Birigui, no intuito de trazer para o PPS o apoio do PP. Além disso, o vereador teve papel importante nas conversações entre PMDB e outras siglas das 14 que formam a base de apoio à reeleição do prefeito. Durante todo o seu mandato, Thiago Muniz defendeu ferozmente a gestão de Percival Muniz à frente da prefeitura, com várias articulações que fomentam o desenvolvimento de Rondonópolis. Além disso, em um momento de posicionamento do vice-governador Carlos Fávaro (PSD), contrário a Percival, na Câmara Municipal ele Muniz rebateu afirmando que a história da família Muniz na cidade e do PPS deve ser respeitada. Thiago Muniz, tendo em vista o seu sucesso no ramo empresarial como diretor do grupo TMI, onde lhe exigia total atenção, chegou a recuar do projeto de reeleição de vereador, no entanto, para continuar ajudando o primo Percival no processo de reeleição decidiu continuar na política e disputar também a reeleição para a Câmara Municipal. Dessa forma, sendo ambos reeleitos, Percival continuará tendo uma voz firme na Câmara em sua defesa.
