30 C
Rondonópolis
 
 

Papo Político

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Ananias Filho: “Para consolidar sua candidatura em outubro, terá que aparar arestas dentro do PMDB...”

1-    EIS SENHORAS E SENHORES
que esta semana que começa será decisiva para a definição das candidaturas em Rondonópolis. Hoje, por incrível que pareça, não há nenhuma candidatura firme colocada no processo, até mesmo do prefeito interino Ananias Filho, pelo PR; de Juca Lemos, pelo PT; Percival Muniz, pelo PPS; Mohamed Zaher, pelo PSD; e Rogério Salles, pelo PSDB, ainda não têm qualquer garantia que estarão na disputa de outubro.
Pelo que a Coluna apurou, no momento, estão sendo colocados para a disputa três grupos que vão passar esta semana analisando conjunturas e possíveis candidatos.
Um dos grupos que estão sendo construídos é formado pelo que restou do Fórum Suprapartidário, que começou com 14 partidos e hoje conta com no máximo seis ou sete siglas. A debandada é mais do que normal e seria no mínimo uma ingenuidade política achar que os 14 partidos iriam chegar juntos até a fase das convenções, e na minha modesta opinião esse grupo ficou junto até por muito tempo, algo que eu não esperava. Confesso que achava que o Fórum se esfacelaria em fevereiro ou no máximo março.
PELO FÓRUM,
o nome mais forte no momento é de Ananias Filho, pelo fato de estar no poder e saber muito bem mexer o tabuleiro político na hora das articulações. Mesmo com as pré-candidaturas de Nininho e Sabastião Resende pelo PR; de Manoel da Silva Neto pelo PMDB; Sérgio Negri pelo PC do B e Maneco da Vila Operária pelo PP, o prefeito interino deve ser o escolhido do grupo para entrar na disputa.
O projeto de Ananias ainda vai depender de aparar algumas arestas que foram criadas dentro do PMDB. A militância do partido não vê com bons olhos uma união entre o PMDB e o PR, e mais, tem muitos no PMDB que já defendem abertamente uma aproximação do partido com Percival Muniz, caso a sigla não tenha candidato.
Esse grupo contrário a união com o PR é puxado basicamente pelos pré-candidatos a vereador do partido que chegou à sigla por meio do grupo do prefeito cassado Zé do Pátio. A cada reunião as manifestações contra uma união com o PR estão ficando mais evidentes. Portanto, Ananias vai ter que repetir a mesma tática que usou quando fechou o acordo para disputar as indiretas, que serão no dia 13 de junho, com o apoio do PMDB.
A tática de Ananias foi apelar pelo velho companheiro da Vila Operária, Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulo, para trazer o PMDB para o seu grupo.
Fulô, na reunião em que o PMDB fechou a dobradinha com o PR, para que a chapa com Ananias e com a esposa do vereador Manoel da Silva Neto, Valéria Bevilácqua, fosse fechada, veio da zona rural apenas para segurar o partido. Ele foi buscado em um sítio por um aliado de Ananias. O medo nem era que o partido fechasse questão no nome do Doutor Manoel e sim com a presidente do partido, Paula Costa. O grupo de Ananias sabia muito bem que se houvesse o fechamento de questão em torno do nome de Paula, seria muito difícil o prefeito interino ganhar as eleições.
Na reunião, em um ato de coragem, Fulô pediu a palavra e avisou ao cacique Bezerra que poderia até cassar o seu mandato, mas ele não voltaria atrás no compromisso feito de votar em Ananias, e  esse discurso foi o meio que convenceu Bezerra a lavar as mãos e liberar o PMDB para formar a dobradinha com o PR.
SE FECHAR COM O PMDB,
para as eleições de outubro, Ananias é candidato e sepulta os planos de Nininho, Sebastião Resende, Sérgio Negri e Maneco e a partir daí ele deve correr atrás do espólio político do prefeito cassado Zé Carlos do Pátio. O prefeito cassado, apesar do desgaste que teve em seu governo, ainda tem um número considerável de eleitores fiéis que vai seguir as ordens que Pátio determinar.
Portanto é uma herança política que interessa não somente Ananias como todos os grupos que estão na disputa.
Resta saber, no entanto, se Pátio vai ter vontade de vir para a campanha. As informações que a Coluna obteve do ex-prefeito é que ele continua vivendo o autoexílio na capital do Estado e tem constantemente se recusado a vir para Rondonópolis. Por outro lado, Pátio continua abatido com toda a situação que gerou a sua cassação.

2- O OUTRO GRUPO QUE SE
articula para a disputa está sendo desenhado pelo ex-governador Rogério Salles. Pelo PSDB, sem outros partidos, Salles seria um candidato teoricamente frágil, até mesmo pelo fato dos Tucanos virem de derrotas seguidas em nosso estado. Para evitar isso, Salles começou uma verdadeira rotina de reuniões nos bastidores e para isso praticamente fechou com o PSC – que tem como pré-candidato a prefeito o empresário Neles Valter Farias -, com o PSD que colocou o nome de Mohamed Zaher na disputar, e ainda está mantendo conversações com o PT, que aposta no nome de Juca Lemos.
Pelo que a Coluna ouviu nos bastidores, Salles poderia marchar com esses partidos e Juca Lemos e Mohamed abririam mão do projeto deles para apoiar o tucano, que de quebra apostaria em Neles para contrapor a força de Ananias e Fulô na Vila Operária, que todos nós sabemos que é o maior colégio eleitoral de Rondonópolis e onde geralmente as eleições para prefeito na cidade são decididas. O projeto de Salles seria o que se pode classificar como chapa de oposição a Ananias, até mesmo pelo fato do PSDB ter rompido com o prefeito interino e o vereador Mohamed Zaher sempre viver às turras com Ananias. Para completar, Zaher e Juca Lemos são adversários do prefeito interino no processo de eleição indireta que vai acorrer no dia 13 de junho na Câmara de Vereadores, o qual deve ser vencido por Ananias, pois o interino conta com nove dos 12 votos como certos. Zaher deve somar três votos, justamente os votos dos vereadores do PSD, e Juca Lemos não terá votos.

3- O TERCEIRO E MAIS ORGANIZADO
grupo é onde estão inseridos o PPS, PV, PDT e PSB. O nome que desponta como candidato desse grupo é do ex-prefeito e deputado estadual Percival Muniz, que pode inclusive receber a adesão do DEM e fechar a aliança. Muniz não teria ainda fechado a questão e colocado de vez o nome como candidato do grupo devido à alguns encaminhamentos políticos e jurídicos que precisa tomar, principalmente com relação a prestação de contas da campanha de 2010.
A informação é que essas questões estarão zeradas até o final deste mês, quando o grupo deve fazer a sua convenção.
Por outro lado, o único problema de Muniz está sendo controlar a ciumeira pelo cargo de vice. O PDT, principalmente, tem tomado uma posição sectarista e radical. O partido ameaça, já reiteradas vezes, sair do grupo caso o vice não for da sigla. A Coluna entende que assim como Rogério, Percival não terá muitas alternativas e terá que escolher um vice da região da Vila Operária, justamente para fazer frente a Fulô e Ananias, que são da região e vão manter um discurso de unidade da Vila Operária. Mesmo que perca o PDT, Muniz terá que ser pragmático na escolha do vice, para não cometer erros que marcaram outras eleições em Rondonópolis.

- PUBLICIDADE -spot_img
  1. Só discordo de sua analise em relação ao PT, o partido tem resolução nacional que proibe coligações com PSDB PPS e DEM e neste caso resta ao PT apoiar o candidato do forum ou ficar isolado.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Jurisprudência do STF derruba decisões da Justiça do Trabalho

Ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) já tenha fixado a tese de que é lícita a terceirização de...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img