35.5 C
Rondonópolis
, 9 maio 2024
 
 

Papo Político

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Neles Valter Farias: “Um nome que desperta muita cobiça para uma composição de chapa à Prefeitura...”

1- “A NOITE DA MALANDRAGEM” –
esse é o nome adequado que podemos dar aos principais acontecimentos na última sessão da Câmara Municipal, onde o prefeito mandou à edilidade mais um projeto eleiçoeiro, de caráter totalmente político, que dispõe sobre isenção de imposto, mais precisamente de IPTU, para uma residência de certo porte, localizada no centro da cidade, com terreno de 15 x30″.
Calma! senhores políticos e leitores deste Papo, o trecho acima é uma reprodução de uma das primeiras colunas Papo Político escrita pelo jornalista João Batista Toledo, que faleceu na noite da última segunda-feira, dia 28 de maio, em conseqüência de  agravamento do seu quadro de diabetes.
Esse trecho que eu reproduzi na coluna de hoje, retrata bem como era o estilo de João, destemido, ele não deixava passar nada e sempre manteve a caneta pesada. A data dessa publicação é do dia 11 de novembro de 1983, nesse ano a cidade de Rondonópolis era governada pelo, hoje, deputado federal Carlos Bezerra, no comando do Estado de Mato Grosso estava Julio Campos e o Brasil vivia a decadência da ditadura militar, era os últimos anos do governo Figueiredo. João Batista não tinha nenhum receio em criticar todos esses personagens.
OS NOSSOS PERSONAGENS
na Câmara de Vereadores eram os, hoje, deputados estaduais J. Barreto e Percival Muniz, o pai do atual prefeito interino, o “velho” Ananias Martins, o polêmico William Dias, Vitor Hugo, Campo Limpo, Amélia Stefanini, Miguel Ramos e outros que eram criticados acidamente por João e elogiados docemente pelo mesmo João.
Em 83, apenas a título de curiosidade, o União Esporte Clube tinha apenas 10 anos de fundação e o principal nome do clube era o atacante Paulo Taborda. O atual gerente de futebol do REC, clube que nem existia naquele tempo, Mário Sérgio Soares, encerrava a sua carreira como atleta de futebol profissional.
A REPRODUÇÃO
acima é apenas uma simples e singela homenagem ao trabalho de João Batista, que durante quase três décadas ditou as regras na política de Rondonópolis, ao ponto de derrubar secretários, nomear e até mesmo influenciar em escolhas de candidatos a vice e a prefeito em coligações. As opiniões e análises feitas pelo JB neste espaço eram levadas à risca por políticos da cidade de Rondonópolis, da região e da capital.

2- FEITA ESTA HOMENAGEM
ao já saudoso João Batista de Toledo, vamos ao Papo deste domingo.
Vou começar destacando que o Fórum Suprapartidário chegou ao fim, o PSDB, PSD, PSC e DEM já podem ser considerados carta fora do baralho. O motivo é simples, o PSDB deixa o grupo em razão de saber que com a escolha de Ananias para o cargo de prefeito nas eleições indiretas, o partido com toda a certeza estará fora da prefeitura, pois Ananias não tem qualquer compromisso com o grupo e ainda mais sabendo que o ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles é candidato pelo partido.
Tudo indica que os tucanos vão buscar espaço fora do grupo para viabilizar o nome de Rogério Salles com outras siglas e pode até mesmo buscar o fechamento de uma união com PSD, caso Mohamed não dispute o processo de outubro, e com o PSC que tem nomes fortes no seu quadro, inclusive podendo, numa composição, lançar o vice-prefeito, onde aí desperta a cobiça de uma dobradinha de Rogério Salles com o conceituado empresário Neles Valter Farias, que está filiado ao PSC. Fora isso, o PSC estruturou um chapa para vereadores em condições de conquistar ao menos uma cadeira na Câmara de Rondonópolis.
O PSD e o PSC saem em razão de serem adversários de Ananias. O vereador Mohamed Zaher, por exemplo, que é candidato no processo indireto, não teria clima para ficar no Fórum, até mesmo pela posição de adversário de Ananias. O PSC comandado pelo pastor Ildo Rodrigues, também não concordava com o nome de Ananias no processo indireto e defendia claramente que o candidato fosse o médico Manoel da Silva Neto.
Para completar, o DEM sai do Fórum pelo simples motivo que está inserido dentro do Movimento Mato Grosso Muito Mais. Na noite de sexta-feira, o empresário Israel Borges, líder do DEM em Rondonópolis, reuniu com Percival Muniz, pré-candidato do MMMM e praticamente bateu o martelo.
O DEM agora vai brigar para indicar nomes a vice de Percival. O partido ainda aposta que os líderes maiores do DEM em Mato Grosso, o senador Jayme Campos e o deputado federal Júlio Campos vão trabalhar junto a Muniz para que o seu vice seja um Democrata. Os representantes do DEM, inclusive, apostam no ex-prefeito Zanete Cardinal para ser o indicado para o cargo. Cardinal, que tem grande conhecimento da política local e sabe tudo do funcionamento administrativo da cidade, teria inclusive o aval de Muniz.
Na sexta-feira, em conversa com a Coluna, Percival Muniz classificou como “ótimo” o nome de Cardinal, mas ponderou sobre o processo de escolha. “Definir o meu vice não vai caber diretamente a mim, vai depender dos entendimentos dos partidos que estão comigo”, disse o ex-prefeito.
Na sexta-feira, Percival esteve na Câmara de Vereadores acompanhando a audiência pública promovida pelo Ministério Público e Justiça Eleitoral sobre as regras da campanha deste ano.
No encontro, o ex-prefeito demonstrou estar em acordo com as regras que estavam sendo colocadas.
ENTRE AS PROPOSTAS
apresentadas pelo promotor de Justiça Ari Madeira Costa, na sexta-feira, está a de limitação, em no máximo mil, o número de cabos eleitorais contratados para trabalhar nas eleições de outubro por coligações, somando o candidato a prefeito mais os vereadores. A medida visa deixar a disputa ao menos mais igual, pois no passado houve coligações que contrataram quase cinco mil pessoas para trabalhar em uma campanha, algo que com certeza beira o absurdo e encarece demais a campanha.
Os mil cabos eleitorais, por exemplo, não custariam barato. Partindo do pressuposto que cada um deve receber um salário mínimo para trabalhar na campanha eleitoral, a coligação apenas para começar a colocar o bloco na rua deve ter em caixa no mínimo R$ 622 mil para começar a cara “brincadeira” de tentar chegar ao sonho de governar Rondonópolis.
Portanto, é preciso deixar claro, ser prefeito em Rondonópolis gastando pouco é quase igual a ir ao Engenhão e sentar na torcida do Flamengo com a camisa do Vasco e sair do estádio sem tomar um simples “sopapo” de algum torcedor rubro-negro. Os custos de uma campanha em nossa cidade ainda são gigantescos, infelizmente, e quanto mais cara a campanha, mais longe novas lideranças vão ficar de ter chance na disputa.

3- PARA COMPLETAR A COLUNA
não poderia deixar de falar sobre a eleição indireta. O pleito está praticamente decidido a favor do prefeito interino Ananias Filho, mesmo com o fato de Mohamed Zaher e Juca Lemos (PT) terem colocado as suas candidaturas na disputa.
A Coluna entende que tanto Zaher como Juca Lemos estão certos em colocar os nomes mesmo sabendo que vão perder. Zaher, por um lado, precisava entrar na disputa até mesmo para marcar posição como principal opositor a Ananias dentro da Câmara e Juca, como pré-candidato do PT, precisa colocar o seu nome e do partido em evidência neste período.
Juca, inclusive quer mais, quer fazer um debate com Ananias e Mohamed antes do pleito indireto, algo que para o eleitor local seria muito interessante, talvez não seria bom para o prefeito interino, que poderia virar uma grande vidraça para Juca e Mohamed.

- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Ajuda ao RS: Carretas com doações saem em comboio nesta sexta-feira

Rondonopolitanos participam em massa e, diante da grande quantidade de doações para os afetados com as chuvas no Rio...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img