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Papo Político

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no1-INDUBITAVELMENTE
que a história política brasileira é intricada por concepções referentes a divisão social. Uma vez que o sistema do nosso país tornou-se capitalista, as questões neoliberais tomaram frente, de modo que os reflexos de ações de partidos da direita fossem mais evidentes. Sem dúvida que havia na realidade um poder destes partidos sobre os outros, que além de serem pequenos não conseguiam destaque naquilo que representavam, ou seja, os chamados partidos de esquerda. Recentemente o cenário político do nosso país foi um pouco alterado, quando alguns partidos reforçaram seus ideais socialistas, assumiram sob novos moldes o partido de esquerda. A população soube que não deve ser marginalizada e muito menos deixar de ser prioridade nas decisões políticas. A população finalmente soube do seu grande poder e como pode ser capaz de eliminar a divisão de classes.
DIANTE DISTO
as concepções de alguns políticos vão tomando caminho diferente, se adequando ao que é desenvolvido agora na sociedade. Assim, o presidenciável, o ex-governador paulista José Serra (PSDB) que tem o estereótipo como sendo representante da direita, das classes mais desenvolvidas, ou seja, é o político dos elitistas, está preocupado com a imagem diante da maioria do eleitorado. Tendo que enfrentar, antes mais nada, a grande popularidade do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), e, além disso, com o risco de ser tachado como o político dos empresários, Serra quer que o PSDB tenha a cara dele na disputa presidencial. Em reuniões com a coordenação da campanha, Serra e seus conselheiros avaliaram que, o problema maior é a suposta imagem elitista do partido que, na avaliação dos tucanos, não bate com o discurso nem com o perfil do candidato José Serra. Assim, a estratégia é reforçar a linguagem e a imagem de candidato distante da figura elitista. Seja no programa eleitoral ou na campanha de rua, o certo é que Serra vai destacar aquilo que considera suas melhores marcas: os medicamentos genéricos, o seguro-desemprego, o perfil antifinancista, a defesa contundente da educação e da saúde públicas de qualidade e de empresas estatais postas a serviço da sociedade. Apesar de recentemente ter afirmado que não usaria destas ações como forma de promover sua candidatura, Serra percebeu que para conquistar votos terá que ser tão mais “socialista” que os adversários, pois, a classe elitista é a minoria.

2- MAIS UMA PROMESSA
polêmica foi lançada neste pleito eleitoral, sendo desta vez oriunda da lista de garantias do ex-prefeito de Cuiabá e candidato ao Governo do Estado, Wilson Santos (PSDB). Ele tem nas mãos uma proposta de incentivar e colaborar com a participação dos jovens em programações culturais, de lazer e esportivas. Trata-se de um “Vale Lazer”, sendo cupons fiscais que podem ser trocados por entradas no cinema, teatro, festivais de música, dança, campeonatos esportivos. “Por um lado vocês vão ajudar a controlar a arrecadação de tributos e por outro o Estado estará investindo em Cultura”, explicou Wilson, acrescentando que “ninguém é melhor do que ninguém. O que faz de uns vencedores e de outros não, são as oportunidades que a vida lhes dá”. Não se sabe onde e como exatamente que os jovens adquirirão esses cupons para a troca no Vale Lazer.
Além desta promessa o tucano também afirmou que irá estender para todo o estado mato-grossense, a Bolsa Universitária, o Passe-Livre para estudantes carentes, o cursinho pré-vestibular gratuito com aulas presenciais nos municípios pólos, a construção de escolas profissionalizantes e a universalização do ensino médio. Agora, para os jovens, que tem os votos cobiçados  por Wilson, é só registrarem estas promessas e se caso ele for eleito governador, cobrem. Aliás, como os estudantes de Rondonópolis cobraram o passe livre, que foi promessa de campanha do prefeito Zé do Pátio.

3-NÃO SE SABE
ainda se agravou mais a situação de impunidade e injustiça em relação a erros e corrupções políticas no Brasil, ou se os políticos não sentem mais nenhum receio em explicitar suas piores falhas ao público. A impunidade a atos criminosos, sejam eles considerados brandos ou gravíssimos, é tão garantida a políticos que para alguns destas figuras não são tão sérias algumas de suas atitudes, principalmente quando não tem que pagar pelas conseqüências.
Aliás, no mês de junho o vereador Lorivaldo Rodrigues de Moraes, conhecido na região de Pontes e Lacerda, agrediu com um tapa a repórter Márcia Pache da TV Centro-Oeste, após ser abordado por ela enquanto saía da sala de uma delegacia, onde prestava depoimento sobre suposto recebimento de aposentadoria de uma idosa. O delegado do local presenciou o fato, mas não reagiu, ou seja, não o prendeu em flagrante por agressão. O delegado nem soube responder a imprensa o motivo de ficar imóvel diante uma agressão contra uma mulher, feita dentro da delegacia que representa.
O vereador que é temido pela população de Pontes e Lacerda, ficou impune a agressão feita, mas, desta vez, pelo menos o partido, o qual fazia parte, o DEM, tomou providencias em relação as atitudes de brutalidade do parlamentar e o expulsou do partido.
E NESTE ANO
que é eleitoral, não pararam por ai as agressões feitas por políticos, sendo que nesta semana, o vereador Luiz Amorim (PP), desferiu um soco que furou o olho de um homem identificado como Francisco e conhecido como Chico Barranco Alto. A agressão aconteceu no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Santo Antônio do Leverger, quando o vereador foi acompanhar o filho que se envolveu em uma briga de trânsito.
Em virtude da agressão, os moradores da comunidade onde Chico mora realizaram uma manifestação em frente a Câmara Municipal, para que seja instalada um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por quebra de decoro parlamentar. Eles querem levar o pedido de CPI para o juiz da 38ª zona eleitoral do município, José Arimatéia.
E NO MUNICÍPIO
de Rio Branco (AC), o candidato ao Senado, João Correia (PMDB) e o jornalista Demóstenes Nascimento se atracaram durante a gravação de uma entrevista para TV 5, que é filiada a rede Bandeirantes. Na gravação os dois começam a trocar insultos, palavrões, socos e pontapés. E depois, ambos registraram queixa na polícia, compareceram no Instituto Médico Legal para exames de corpo de delito e ameaçaram represálias jurídicas. De acordo com o jornalista, ele ameaçou interromper a entrevista, quando o candidato começou a gritar ao ser questionado sobre o setor de segurança pública. No entanto, o político, negou e disse. “Falei que o governo da Frente Popular do Acre fracassou e que as obras da BR-364, de Sena Madureira a Cruzeiro do Sul, eram usadas para a lavagem de dinheiro. O apresentador disse que sou envolvido no escândalo das Sanguessugas e que não tenho moral para falar contra o governo. Falei que ele é um lacaio, vendido. Ele pediu que a gravação fosse encerrada, tirou o paletó e o microfone e partiu para me agredir com murros e pontapés”, relatou Correia.
E este é o cenário político brasileiro, e também vários cenários que se definem neste país quando as pessoas procuram a agressão e a violência como uma maneira de resolver seus problemas. E assim, os políticos que não possuem nenhum compromisso com a sociedade, não tem preocupação e não ingressam na política para exercer seu verdadeiro papel, ao depararem com a possibilidade de ser desmascarados, questionados, contrariados, partem para atitudes brutas, quando não são aqueles mais passiveis, e choram, desviam do assunto, assumem que não irão responder. Será que vai virar moda que a cada pergunta desagradável a um político, é respondida com tapa ou soco?

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