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Rondonópolis
 
 

Papo Político

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1- A POLÍTICA
por si só já expressa um poder absoluto mesmo sistematizada em um regime democrático. Infelizmente, para muitos ouvir que uma pessoa ocupa um cargo político já soa como uma poderosa ocupação e um domínio intocável.
Na definição da palavra “Poder” está integrado o termo “Mandar”, isso já denota essa hierarquia. Quem está no poder sente uma imensurável superioridade quando exerce o “mandar”. Quem tem poder, tem força, tem domínio, tem influência, e todos esses atributos contribuem para que o poder político se fortaleça mais e um domínio em uma região seja imposto. Logo mais será visto a preferência eleitoral que faz surgir um poder político em um bairro, sendo que como deve ser é a maioria que impõe a sua vontade através do político, mas essa vontade tem uma ligação vital com a força, com o domínio e com a influência do poder.
O ideal seria se o poder político seguisse conforme a sua verdadeira definição, a qual é institucionalizado no âmbito de uma formação organizada com deveres, direitos, regras, normas e leis, principalmente seguidos pela sociedade independentemente da vontade do seu representante. O poder neste caso está nas mãos de um representante, sendo assim deve cumprir com a maioria e não com a sua própria vontade, sendo o termo “poder” é errôneo, o qual já implanta que existem seguidores a uma só vontade, no entanto, esta não é a discussão deste artigo.
O MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS,
localizado ao sul do Estado de Mato Grosso tem uma pequena área de 4.165 Km², sendo que abriga quase 200.000 habitantes, e é considerada a segunda melhor cidade do Estado, dada a sua infra-estrutura e ao seu desenvolvimento econômico que já pôde viver tempos afortunados e harmoniosos, pois seu eminente crescimento é vinculado a uma economia baseada no agronegócio com a plantação de soja e algodão, atribuindo também esses momentos de glória à pecuária. O município tem evoluído muito também com a expansão da produção industrial com a vinda de fábricas e indústrias para a cidade.
A cidade de Rondonópolis, considerada como capital regional devido a seu destaque no estado mato-grossense, tem outros importantes fatores sociais como a cultura e o turismo, tendo o setor turístico voltado aos belos cenários da Cidade de Pedra, o qual é sítio arqueológico muito visitado pelas suas imensas pedras e rochas, o Rio Ponte de Pedra e o Cais do Rio Vermelho. Quanto a Cultura de Rondonópolis está levemente respingada por aspectos culturais da capital mato-grossense, Cuiabá, mas, no entanto, conservando sua música, sua dança, seu teatro e sua história.
É INDISCUTÍVEL
que um município com destaque regional, com desenvolvimento econômico estável e com pontos fortes culturais e turísticos tem uma intensa ligação com o setor político, é imprescindível que a política se envolve com todos esses fatores, e é extremamente relevante a sua participação.  Ao longo desse crescimento todas as eleições municipais realizadas em Rondonópolis tiveram uma participação direta, sendo que um pleito municipal é muito próximo aos seus eleitores, quando existe um convívio imediato e prolongado (durante uma campanha) dos candidatos com o eleitorado, pois diferentemente de uma eleição presidencial, os postulantes visitam incessantemente a população, promovem encontros e reuniões, mantém diálogos com presidentes de bairros, comunidades, grupos de jovens, religiosos ou de alguma entidade.
A CAMPANHA
de uma eleição municipal, por exemplo, acaba se integrando a família do eleitorado, pois além, de adentrar nas casas através de santinhos, propaganda na televisão, no rádio, faixas e carros de sons, os eleitores e candidatos estão em um constante “Tetê a Tetê”. Essa integração entre o eleitor e o postulante é apenas o início de uma preferência particular, quando são iniciadas as promoções de reuniões e encontros.
A preferência a um candidato pode ocorrer devido a inúmeros fatores.
Uma região com uma potencialidade considerável abrange a sua preferência a um candidato ao seu redor, pois toda vez que um candidato cita a sua região, ou seja, aquele espaço que o apóia, sempre cita também as redondezas. Como também os jovens que sofrem a influência dos adultos da casa, os quais querem que o jovem eleitor vote no candidato da família, mas por motivos que não pertencem a este jovem, como troca de favores entre candidato e eleitor, gratidão, amizade, parentesco. E por último, através do domínio das classes médias ou altas, as quais são constituídas pela massa de alto nível econômico e controlam politicamente o proletariado.
Um eleitor, normalmente, não considera a totalidade do município para sua decisão política, mas são os motivos particulares que influenciam na sua decisão de apoio como interesses familiares e financeiros ou amizade e gratidão, principalmente, os mais humildes, os quais sentem um compromisso de voto com quem lhe fez algum favor ou lhe garantiu algo. Esta preferência individual pode atingir um nível maior, mais amplo, quando somente um eleitor de fácil domínio ou talento para liderança pode convencer a um grupo a apoiar o seu candidato.
Um fator que arremata a preferência política de um candidato é o “voto de cabresto”, e é definido de forma clara e concreta, como sendo um controle de poder político, neste caso, a preferência seria somente daquele que tem o “controle” normalmente sobre as regiões periféricas onde moram as pessoas mais simples e humildes, sendo que o centro pode sofrer o autoritarismo do voto de cabresto, quando seria sob as famílias dos poderosos.
Antigamente o voto de cabresto acontecia dos fazendeiros com seus empregados, que obrigavam votar na pessoa, o qual apoiava, até mesmo por meio da violência, configurando em mais uma ordem aos empregados. Nesta época, as fazendas eram comandadas por coronéis, aliás, o prefeito da região era o coronel, o qual forçava seus serviçais votar nele, como seus apoiadores também forçavam aqueles que os serviam. A garantia que os seus empregados iriam realmente cumprir com a ordem era o voto aberto, o qual era fiscalizado por capangas dos coronéis e caso as ordens não fossem cumpridas, eram castigados com surra.
Atualmente o voto de cabresto existe, mas caracterizado com outros aspectos, como na compra de voto, na ameaça de demissão em empresas privadas e até mesmo na ameaça de perseguição nas instituições públicas. Nos dias de hoje o voto de cabresto acontece principalmente nas regiões mais humildes sob a ameaça de não mais “beneficiá-las” ou com artifícios psicológicos, como o voto se constituirá em um ato de gratidão.

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