Adriana Liário, candidata a deputada federal pelo PSOL, diz que a motivação para entrar na disputa eleitoral deste ano é a vontade de lutar pela melhoria do atendimento público, principalmente da saúde e segurança.
“Um dos motivos que me levaram a candidatar pela primeira vez foi a vontade de mudar situação caótica da saúde e também segurança pública. Não me conformo em viver sofrendo junto com população nas filas de espera dos prontos atendimentos, ou aguardando meses para consultar com um médico especialista ou para a realização de exames. Não quero mais ver amigas morrendo. Fui vítima de mau atendimento e sofri amputação de meu braço direito após uma injeção. Talvez por descaso e preconceito, situação que marcou minha existência”, relatou.
“Como deputada federal a minha prioridade será trabalhar para que os recursos da saúde cheguem ao seu destino e sejam corretamente aplicados. Quero urgentemente trabalhar para reverter o contingenciamento dos recursos federais voltados para saúde e também educação”, completou.
Adriana Liário, 33 anos, é natural da cidade de Tangará da Serra. Assumiu a transexualidade aos 15 anos, quando a família a expulsou de casa. Após o fato, entrou para prostituição para se sobreviver. Hoje já tem 18 anos como profissional do sexo. Já sofreu diversos tipos de violência, inclusive foi vítima de um tiro de disparo de arma de fogo calibre 38, que transfixou o tórax e outro de 22 na perna, além de sofrer agressões com tijolada na cabeça. O braço direito foi amputado devido a erro médico.
Em busca de lutar contra a discriminação e o preconceito, hoje faz parte de várias entidades, sendo membro do Conselho Municipal de Saúde, Conselho de Segurança Pública da Região Salmem, Grupo de Combate a Crimes de Homofobia, Conselho de Igualdade Racial, Coordenadora de Gênero pela Unegro, além de outros.
