A visita a Rondonópolis do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), ontem pela manhã, na Uramb, foi marcada por manifestações de grupos estudantis, Movimento dos Sem-Terra (MST), Fórum Popular, sindicato de trabalhadores e pelos representantes e simpatizantes do Grupo de Apoio a Travestis e Transexuais de Rondonópolis, como foi noticiado pelo A TRIBUNA na edição de ontem.
O parlamentar, que é polêmico, chegou de van no local do evento. Gritos de “mito” e “presidente” foram entoados por cerca de 150 manifestantes que vestiam camisetas pedindo que o deputado disputasse a Presidência em 2018.
De outro lado, ao redor do veículo e atrás da barreira improvisada por seguranças, militantes dos movimentos sociais contrários a Jair Bolsonaro respondiam com cartazes e gritos de protesto. “Fascista” era o principal adjetivo.
O clima tenso que antecipava a chegada do deputado esquentou, pois Bolsonaro quando desceu da van e seguiu para a entrada lateral da Uramb, numa manobra quase discreta, enquanto chegava à mesa de autoridades das lideranças do PSC, na entrada principal começou o tumulto onde estudantes chegaram a partir para as vias de fato, agressões provocadas tanto pelos que são a favor da posição do deputado federal, como por parte dos que são contra, os quais foram impedidos de entrar no recinto. Devido ao tumulto, a Polícia Militar foi acionada e permaneceu no local até o final do evento.
Em seu discurso, como já era esperado, Bolsonaro se posicionou a favor da liberação do porte de arma e também na defesa da formação atual da família, alegando que pessoas de terceiro gênero estariam propensos a corromperem os outros.
Jair Bolsonaro ainda falou sobre o Conselho de Ética da Câmara que o tornou réu sob a acusação de apologia à tortura cometida durante a votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e ainda declarou que quem estiver, por ventura, elogiando Dilma Rousseff também tem que ser processado por apologia ao terrorismo, pois “Dilma é uma terrorista que se vangloria de seu passado onde assaltava cargas de caminhões na baixada Fluminense do Rio de Janeiro e também roubava bancos”.
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Bingo, “quem por ventura elogiar Dilma, deve também perder o mandato por apologia ao terrorismo”, regra esta que deveria ser aplicada aos deputados e senadores, ou seja se quiserem justiça, vamos aplicá-la pra todo mundo e não somente contra adversários políticos.