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Rondonópolis
, 17 junho 2024
 
 

Cúpula do PT avalia resultados em Rondonópolis

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Da esquerda para a direita, a tesoureira do diretório municipal do PT, Maria Cristina de Ávila, o presidente licenciado do diretório e professor Paulo Isaac; o coordenador de campanha de Dilma Rousseff na cidade, Baltazar Ferreira de Melo; o vice-presidente e presidente em exercício do diretório, Martiniano Francisco Martins; o membro do diretório que foi candidato a deputado estadual, Caius Pistori e o militante do PT, José de Jesus, o Zezinho
Da esquerda para a direita, a tesoureira do diretório municipal do PT, Maria Cristina de Ávila, o presidente licenciado do diretório e professor Paulo Isaac; o coordenador de campanha de Dilma Rousseff na cidade, Baltazar Ferreira de Melo; o vice-presidente e presidente em exercício do diretório, Martiniano Francisco Martins; o membro do diretório que foi candidato a deputado estadual, Caius Pistori e o militante do PT, José de Jesus, o Zezinho

Alguns membros da cúpula local do Partido dos Trabalhadores (PT) visitaram a redação do A TRIBUNA, na tarde de ontem (28) e, na oportunidade, fizeram uma avaliação do desempenho eleitoral de Dilma Rousseff (PT) em Rondonópolis, onde a petista, que conseguiu a reeleição no domingo passado, acabou sendo derrotada pelo tucano Aécio Neves. Dentre os fatores apontados pelos petistas como prováveis causas do insucesso, estavam as denúncias abordadas durante a campanha eleitoral, a falta de reconhecimento da população quanto às obras do Governo Federal, a ausência de conhecimento dos jovens quanto a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e, principalmente, a correlação de forças de lideranças políticas.
O presidente licenciado do diretório, professor universitário Paulo Isaac, disse que a eleição foi equilibrada e ficou nítida a divisão de classes no município. Ele argumentou que enquanto a classe assalariada, os produtores urbanos e rurais votaram em Dilma, uma classe média elitizada e a própria elite optou pelo candidato Aécio Neves.
“A diferença é que a classe trabalhadora votou em Dilma baseada nas obras sociais e econômicas do Governo Federal como a Ferronorte, as obras nas rodovias BR-163 e BR-364, Programa Minha Casa, Minha Vida, e, na área da educação, as bolsas para as universidades. Por outro lado, a classe média elitizada e a elite focalizaram a questão da moral, como a corrupção e os problemas relacionados com a questão tributária, por isso preferiram o Aécio”, explicou.
Já Baltazar Ferreira de Melo, que foi o coordenador de campanha da candidata petista aqui na cidade, comentou que um dos motivos para o resultado foi a dificuldade encontrada durante o período eleitoral devido a força dos candidatos adversários que tinham base na região e a proposta de mudança engajada pelo candidato Aécio Neves.
“Diante dessa proposta, chegamos a perguntar para as pessoas da classe trabalhadora por que mudar? Porém, elas mesmas não sabiam dizer o motivo de optar por essa ‘mudança’. Outro fator, foi a grande votação que Rogério Salles (PSDB) [vice-prefeito de Rondonópolis e que foi candidato ao Senado] e Adilton Sachetti (PSB) [que foi eleito deputado federal] teve por aqui”, explicou.
Baltazar ainda salientou que outro ponto para a redução do número de votos de Dilma se deu porque a classe do agronegócio virou as costas para a candidatura do PT.
O vice-presidente do diretório municipal do PT e presidente em exercício Martiniano Francisco Martins externou que, antes do pleito, ele achava que a candidata de seu partido venceria as eleições no reduto rondonopolitano. Ele comentou que a campanha não foi fácil. “Acho que a atual presidente teve esse número de votos aqui em Rondonópolis devido ao eleitorado ter ficado bastante dividido diante das denúncias”, observou.
Já o militante do PT, José de Jesus, o Zezinho, avalia que a votação da candidata reeleita em Rondonópolis foi ótima, mas ele observa que a população não reconheceu as benfeitorias do Governo Federal presentes na cidade.
Membro do diretório petista e que foi candidato a deputado estadual, Caius Pistori, qualificou como expressiva a quantidade de votos que Dilma conquistou. Para ele, os mais de 51 mil votos obtidos pela petista aqui na cidade representam um crescimento se comparado com o primeiro turno. “Eu acho que esse crescimento se deve aos programas sociais de habitação, do Universidade Para Todos, Fies, ProUni e bolsas para discentes de licenciaturas. Houve essa quantidade de votação também pela melhoria de vida do trabalhador”, declarou.
A tesoureira do diretório, Maria Cristina de Ávila, destacou que um dos motivos da vitória de Dilma, em âmbito nacional, foi a ascensão da classe baixa para a classe média. Ela comentou que o desempenho conquistado pelo candidato do PSDB em Rondonópolis foi devido a correlação de forças em torno do vice-prefeito Rogério Salles (PSDB), do governador eleito Pedro Taques (PDT) e do deputado federal eleito Adilton Sachetti (PSB), e pelo fato da juventude que não vivenciou a era FHC. “Grande parte da juventude de hoje não experimentou os problemas ocorridos durante o governo de FHC, como o desemprego e a dificuldade de se entrar na universidade e de conquistar a casa própria. Como o desejo do ser humano é de sempre querer mais, ela [juventude] não tem noção do que cada um dos candidatos representava”, esclareceu.
Paulo Isaac finalizou externando, em nome da cúpula petista, agradecimentos à população que votou em Dilma Rousseff e reafirmou que o compromisso do partido é de buscar a unidade em favor do País. “Não é porque a Dilma teve votação menor aqui na cidade que vamos sofrer retaliação. Pelo contrário, vamos lutar para avançar mais. Temos algumas bandeiras já imediatas como a criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), a questão da UTI infantil e outras bandeiras do povo”, finalizou.

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