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Câmara mantém pauta trancada, por enquanto

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O vereador Mohamed Zaher fez um discurso inflamado a favor da manutenção do trancamento da pauta
O vereador Mohamed Zaher fez um discurso inflamado a favor da manutenção do trancamento da pauta

Em uma sessão, mais uma vez com vaias, discursos inflamados e a presença maciça de servidores, a Câmara de Vereadores decidiu ontem manter a pauta de votação trancada pela quarta sessão seguida.
A medida foi motivo de muita polêmica e debatida do começo ao fim da sessão.
O clima era tenso em razão das conversas de bastidores em torno do destrancamento da pauta. Todos os vereadores usaram da palavra para defender ou se posicionar de forma contrária. O vereador Mohamed Zaher, por exemplo, fez um discurso inflamado a favor da manutenção do trancamento da pauta.
Apesar da decisão, o presidente da Casa, Hélio Pichioni, confirmou a convocação de uma sessão extraordinária para as 14 horas de sexta-feira. “A convocação partiu do município e eu sou obrigado a chamar, tenho que cumprir o meu dever”, disse. Pichioni ainda pediu aos servidores compreensão e que na assembleia de hoje da categoria discuta essa questão.
Adonias Fernandes afirmou que não iria votar pelo retorno das votações de projetos, pois tinha compromisso com os servidores. “As pessoas ficam dizendo que eu coloquei o pessoal da Unisal para pressionar o destrancamento da pauta. Isso é mentira, eu não faço isso, estou a favor de vocês [servidores] que é o povo que me elegeu”.
Olímpio Alvis repassou que iria manter a pauta trancada, mas alertou para volume de projetos parados e os prejuízos que isso iria proporcionar.
A vereadora Mariuva Valentim Chaves, pela segunda vez, apresentou um requerimento pedindo o  fim do trancamento da pauta de votações. A peemedebista que havia sido vaiada na sessão do dia nove de junho, foi mais uma vez vaiada. Ela, naquela sessão, já havia entrado com o mesmo pedido, que foi rejeitado pela mesa diretora. A parlamentar também acionou o Ministério Público pedindo providências sobre a questão do trancamento da pauta. “Até sexta-feira devemos ter uma resposta”, disse Mariuva.
O procurador jurídico da Câmara, advogado Robbie Bittencourt, repassou que não vê problemas na decisão dos vereadores. “No Congresso, o trancamento da pauta ocorre da seguinte forma: o pessoal simplesmente esvazia o plenário. A nossa Câmara foi ousada e agiu dessa maneira”.
O presidente do Legislativo recebeu o pedido da vereadora Mariuva e colocou em votação. O pedido foi rejeitado pelos vereadores Milton Mutum (PR), Mohamed Zaher (PR), Olímpio Alvis (PR) e Reginaldo dos Santos (PPS). Já os parlamentares Lourisvaldo Manoel de Oliveira (PMDB), Mariuva Valentin Chaves (PMDB), Manoel da Silva Neto (PMDB) e Cido Silva (PP) votaram pelo destrancamento, empatando a votação em quatro votos a quatro.
Mas, para o pedido da vereadora Mariuva prevalecer era preciso sete votos. Adonias Fernandes (PMDB)  não votou em razão de estar em uma audiência no Fórum de Justiça. O vereador João Gomes (PR) se ausentou da sessão para ir ao médico e  Ananias Filho (PR) deixou a sessão antes da votação. “Se a pauta está trancada, não tem votação e eu estou indo embora”, justificou o republicano.

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  1. Eu queria que os srs edis me dissessem se Rondonópolis fosse uma cidade onde moraria só servidores públicos o que seria dela? Infelizmente a política rondonopolitana é feita de oportunistas que querem fazer nome, e o que para o resto da população só sobra o que existe no ar, perguntas. Da próxima vez, devemos votar em candidatos que levem a sério a população como um todo.

  2. Executivo e Legislativo municipal estão literalmente parados, com irreparáveis perdas para nossa gente, basta verificarmos junto às diversas secretarias, com atendimento precário, tipo “missão impossível”.

  3. É um absurdo a Câmara ainda estar com a pauta fechada em virtude da greve dos servidores públicos municipais. A cidade de Rondonópolis não é composta apenas por esta categoria. Reconheço que é um direito garantido de realizar greves e reivindicar por seus direitos trabalhistas, mas a Câmara se aliar com o trancamento da pauta já se torna exagerado. Será que na luta de outras parcelas da população trabalhadora a Câmara se manteria essa posição? É preciso ir além do que vem sendo mostrado, acredito que a greve já perdeu o objetivo e atualmente se tornou uma barganha política de quem pode mais.
    Acho cabível analisarmos o que é melhor para a cidade, a população e não a apenas um grupo.

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