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Polícia Civil desarticula organização criminosa

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Criminosos, segundo a polícia,  agiam a mando de líderes da quadrilha que estão presos. Os mandados foram cumpridos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia

Derrfva e Diretoria de Inteligência em Cuiabá comandaram ações que ocorreram em quatro estados - Foto: Divulgação/PJC-MT
Derrfva e Diretoria de Inteligência em Cuiabá comandaram ações que ocorreram em quatro estados – Foto: Divulgação/PJC-MT

A operação “Ares Vermelho”, da Polícia Civil (PJC) de Mato Grosso, que desarticulou uma quadrilha que roubava veículos por ordem de facção criminosa que atua dentro de presídios, resultou em 51 prisões, sendo 45 mandados de prisão preventiva e seis flagrantes, 62 mandados de buscas e apreensão domiciliar cumpridos e cinco conduções coercitivas para interrogatórios.
Deflagrada no início da manhã de ontem (17), a operação teve um mandado de condução coercitiva para Rondonópolis. A Polícia Civil não informou o nome do envolvido, relatando apenas que o mandado não pode ser cumprido pois o homem não foi localizado. Conforme a PJC, as informações levantadas pelos policiais de Rondonópolis são de que o homem para qual havia o mandado expedido não estava na cidade.
Também foram apreendidos durante a operação quatro veículos, 113 tabletes de maconha, armas e munições.  Fora do Estado de Mato Grosso, a operação cumpriu cinco mandados de prisão e cinco de buscas em Campo Grande, uma condução coercitivas em Novo Progresso, no Pará, cinco mandados de prisão preventiva e cinco de buscas em Rondônia.
A investigação foi desenvolvida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva) e a Diretoria de Inteligência, que desarticulou uma densa rede criminosa ligada a crimes patrimoniais de roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos na região metropolitana de Mato Grosso, responsável por 60% das ocorrências dos últimos três meses nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo, 200 policiais participaram da operação nos quatro estados.
A investigação teve três meses de duração, a partir do momento que um investigador conseguiu participar de um grupo de WhatsApp da quadrilha. A modalidade de investigação digital teve permissão da Justiça.
A ORGANIZAÇÃO
O grupo criminoso, segundo a polícia,  era liderado pelos detentos Luciano Mariano da Silva, conhecido por “Martelo ou Marreta”, Robson José Ferreira de Araújo, “Carcaça” (que também usa nome de Marcelo Barbosa do Nascimento), Edmar Ormeneze, “Mazinho” e Wagner da Silva Moura, “Belo”, todos presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e acusados de integrar uma facção criminosa.
Segundo a investigação, a estrutura montada pela organização é altamente sofisticada, com divisão elaborada no setor financeiro, chegando a manter uma espécie de “caixinha” ou reserva financeira para fomentar o crime nacional e fazer alianças com outras facções criminosas, além da lavagem do dinheiro adquirido nos crimes patrimoniais de veículos.

Balanço da operação foi divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública - Foto: Divulgação/PJC
Balanço da operação foi divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública – Foto: Divulgação/PJC

Na apuração de três meses, logo os policiais desvendaram que no topo da organização está a alta gerência e abaixo suas subdivisões em agentes operacionais ou soldados do crime, gestores de recursos humanos (aliciadores de criminosos e simpatizantes), negociadores internacionais (trocando veículos por entorpecentes oriundos da Bolívia e Paraguai).
“No curto período da investigação, identificamos lucro de R$ 1,2 milhão na comercialização e troca de veículos por drogas e também identificamos que essa quadrilha era responsável por 60% dos roubos ocorridos na região metropolitana”, explicou o delegado titular da Especializada, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
Os criminosos cooptavam jovens para prática reiterada de crimes patrimoniais majorados de roubos de veículos, que eram descaraterizados com a substituição, geralmente, de placas, e falsificação de documentos, para venda no mercado interno. “Também ficou evidenciada a prática de estelionatos e lavagem de dinheiro pelo reeducando Edmar Ormeneze (Mazinho), com a participação de familiares e outras pessoas aliciadas, utilizando contas bancárias para o cometimento dos crimes”, repassou a PJC.
No pedido das medidas cautelares de prisão, busca e conduções coercitivas, os delegados também solicitaram o bloqueio judicial de seis contas bancárias.
As ordens foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá – Vara do Crime Organizado. As autoridades policiais requisitaram também a transferência dos líderes da organização criminosa para unidades prisionais do interior ou fora do Estado.
NOME – “Ares” remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido a cor.

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1 COMENTÁRIO

  1. O Sistema carcerário não tem a mínima condição de manter os prisioneiros chefes de organizações criminosas incomunicáveis, a começar e primordial, pelo uso de celulares. Esse sistema existente é falido e ninguém faz nada para mudar. Aliás, mudaram sim, o judiciário desarmou o cidadão de bem deixando a bandidagem muito à vontade Brasil a fora.

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