Devem ser analisados pela Polícia Civil de Mato Grosso, ainda no decorrer desta semana, dois laudos técnicos sobre a morte do ex-secretário de Estado, Vilceu Marchetti. O crime ocorreu dentro da casa da fazenda de Marchetti, na região do Pantanal mato-grossense. A vítima foi morta enquanto dormia na cama do quarto da casa.
Um funcionário da propriedade foi preso em flagrante na época. O suspeito, Anastácio Marafon, de 53 anos, confessou ter matado a vítima a tiros por supostamente ter assediado sexualmente a mulher dele. No dia 16 de julho o funcionário foi indiciado e o inquérito encaminhado à Justiça.
“Recebi o laudo de necropsia e criminalística, que faltavam para que o inquérito fosse concluído. O laudo de necropsia aponta que Marchetti foi morto com três tiros, sendo um no peito, outro na cabeça – perto do ouvido esquerdo – e o terceiro de raspão na cabeça”, disse à imprensa o delegado que investiga o caso, Sidney Caetano de Paiva.
O delegado deve ouvir novas testemunhas ainda nesta semana, além de retornar ao local do crime e analisar os dois laudos. A arma usada para matar o ex-secretário, que seria um revólver calibre 38, também não foi encontrada até o momento. “A minha versão, de que foi um crime passional, não muda. O funcionário é réu confesso e continua preso”, repassou o delegado.
A mulher do suspeito, de 37 anos, estava dentro da casa quando o ex-secretário entrou e teria passado as mãos nas nádegas dela. O marido, que viu a cena por uma fresta da porta esperou o ex-secretário sair e questionou a mulher sobre o assédio. Pressionada, ela respondeu que, de fato, teria sido assediada. Ele então saiu para tomar satisfação com a vítima e efetuou os disparos.
O suspeito está detido na cadeia pública de Capão Grande, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
ESCÂNDALO DOS MAQUINÁRIOS
Em março deste ano, a Justiça Federal em Mato Grosso condenou o ex-secretário Vilceu Marchetti no processo que ficou conhecido como ‘Escândalo dos Maquinários’. Ele foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil e teve os direitos políticos suspensos por cinco anos.
