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Rondonópolis
, 17 junho 2024
 
 

Ex-cabo é condenado a mais de 27 anos

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O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, no banco dos réus, durante o julgamento ontem
O ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, no banco dos réus, durante o julgamento ontem

Em um dos julgamentos mais esperados dos últimos anos, o ex-cabo da Polícia Militar Hércules de Araújo Agostinho, principal acusado pelas mortes dos empresários rurais Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, o  Zezeca, friamente assassinados a tiros no dia 10 de agosto de 1999 e no dia 28 de dezembro de 2000, respectivamente, foi condenado a 27 anos e 11 meses de prisão.
Conforme divulgado na edição de ontem do Jornal A TRIBUNA, após dez anos de sucessivos adiamentos, o julgamento de Hércules de Araújo Agostinho, pelo crime contra os irmãos agricultores, enfim, foi realizado neste dia 7 de outubro, na sede do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rondonópolis. Os crimes teriam sido motivados por desentendimentos envolvendo a venda de uma área de terra (Fazenda Três Irmãos), de propriedade de Zezeca, negociada em 1988.
O principal suspeito pelas mortes, o ex-cabo da PM Hércules Agostinho, foi julgado pelo Tribunal do Júri Popular da Comarca e acabou sendo condenado a 13 anos e 3 meses de prisão pela morte de Brandão Filho; mais 13 anos e 6 meses pela morte de José Carlos Machado e mais 1 ano e 2 meses pelo crime de formação de quadrilha, totalizando 27 anos e 11 meses de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado. A pena do ex-cabo seria maior, porém ele foi beneficiado por um programa da justiça denominado de  delação premiada.
Um forte esquema de segurança foi montado em torno e no interior do prédio do Tribunal do Júri, na Rua Rio Branco, que contou inclusive com detetores de metais na entrada. O julgamento começou às 8h30 da manhã de quinta-feira e se estendeu até os primeiros minutos da madrugada de hoje (8), quando a sentença foi lida.
O processo que tinha 17 volumes e mais de 3,6 mil páginas revelou toda a trama arquitetada para o concurso das mortes dos empresários e as implicações de cada envolvido. Na verdade, o inquérito policial que investigou o caso indiciou pelo menos seis pessoas, incluindo o suposto mandante, o empresário rural Sérgio João Marchett, que teria negociado as referidas terras com Zezeca e seu irmão, Brandão Filho, e que acabaram se tornando o motivo de toda a trama criminosa.
O processo acabou desmembrado, e alguns dos indiciados recorreram à instâncias superiores, para tentar escapar do julgamento popular. Na verdade, uma última decisão por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito dessa apelação deverá sair em breve, segundo o neto de Zezeca, advogado Gustavo Medeiros de Araújo Neto, que serviu como assistente de acusação da Promotoria no julgamento.
Há tempos, a expectativa da família dos empresários era de que, com a realização do julgamento, a justiça enfim fosse feita.

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