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São Francisco, patrono da ecologia!

(*) Maria Aparecida Silva

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Contextualizando: assim fala a historia que Francisco suscita uma grande admiração pela a biodiversidade e respeito pela mãe terra. Comemora-se em 4 de outubro o dia de São Francisco de Assis, o protetor dos animais e padroeiro da ecologia. Nascido na Úmbria (perto de Assis), Itália, em 1182, seu nome era Francisco Bernardone. Teve uma adolescência fútil, vivendo na companhia de boêmios e, por isso, aos 20 anos foi aprisionado. Depois de libertado, voltou à boemia, porém gradativamente foi sentindo desinteresse pela vida mundana.

Francisco nos provoca com a temática de extrema urgência nos dias atuais com o tema gerador: o grande foco é salvaguarda da vitalidade do planeta Terra e a garantia do futuro de nossa civilização e da biodiversidade que vem sendo ameaçada em toda sua instância. Para esse propósito é insuficiente apenas a ecologia exterior. Precisamos cuidar da ecologia interior da vida humana…Do “Bem viver”.

Assim diz o pensador, “Ecologia exterior é aquela sintonia fina que elaboramos em consonância com os ritmos da natureza e com o processo cósmico que se realiza na dialética de ordem-desordem-interação-nova-ordem. Esta ecologia garante a perpetuidade do processo evolucionário que inclui a Terra e a biodiversidade. Mas, no nível humano, ela somente ocorre, se houver uma contrapartida nossa que se deriva da ecologia interior. Por ela, o universo e seus seres estão dentro de nós na forma de símbolos que falam, de arquétipos de nos orientam e ide imagens que habitam nossa interioridade: materiais com os quais devemos continuamente dialogar e integrar. Se há violência na ecologia exterior é sinal que há turbulência em nossa ecologia interior e vice-versa. Não sabemos harmonizar as ecologias enunciadas por F. Guatarri e por mim: a ambiental, a social, a mental e a integral”.

Em seu Cântico do Irmão Sol destacamos a grande mística de Francisco na qual revela-se a convivência destas duas ecologias. Seu extraordinário feito espiritual foi o de reconciliar o universo com Deus, o céu com a Terra e a vida com a morte. Para melhor entendermos esta experiência de totalidade precisa-se ler o texto para além de sua letra e descer ao nível simbólico onde os elementos cantados vem impregnados de emoção e de significação simbólica.

Aqui Francisco estava muito doente e quase cego, em plena noite, irradiante de alegria, levanta-se, compõe um hino a todas as criaturas, cantando-o esponsal entre o “senhor irmão Sol” e a “irmã senhora Terra”. Deste esponsal nascem todos os seres, ordenados em pares, masculino e feminino, que, segundo C.G.Jung constituem o arquétipo mais universal da totalidade psíquica: sol-lua, vento-água, fogo-terra, totalidade esta alcançada em sua caminha fruto de uma vida ecológica e espiritual. A vida abraça a morte como irmã, portadora da eternidade.

Observa-se que a ecologia interior integrada com a ecologia exterior encontra em Francisco seu aspe privilegiado. Ele é como uma finíssima corda do universo na qual a nota musical mais sutil ressoa e se faz ouvir.

Francisco de Assis transforme-se, num amante da Mãe Terra e num defensor de todo tipo de vida, especialmente, daquela mais ameaçada que é a dos pobres. E que suscite essa consciência na humanidade.” Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz”.

É nesta perspectiva precisamos de politicas publicas que pense a vida em todas suas dimensões.

O que faz a diferença no presente e no futuro das pessoas é a capacidade de ter atitudes acertadas em certos momentos da vida, principalmente naquelas mais significativas. Jesus foi um especialista nesta arte de viver em sociedade. Quando olhamos os acontecimentos da vida, a partir deste viés, nos surpreendemos com ele e com o seu entorno. A atitude diferenciada de ambos determinou o presente e o futuro do nosso Brasil.

É de suma importância a nossa atitude frente a compromisso com às eleições que se aproximam pode, também, determinar o presente e o futuro do nosso viver em sociedade. Atitude descuidada e interesseira agora pode significar anos de atrasos e desencantos futuros. Sejamos conscientes, livres e corajosos na escolha daqueles que terão a responsabilidade de administrar a “res pública” em nosso nome. Vamos às urnas!

Deixo está mensagem a todos os leitores: quero a utopia, quero tudo e mais/Quero a felicidade dos olhos de um pai/ Quero a alegria muita gente feliz!

Quero que a justiça reine em meu país/Quero a liberdade, quero o vinho e o pão.

Quero ser amizade, quero amor, prazer/ Quero nossa cidade sempre ensolarada/ Os meninos e o povo no poder, eu quero ver.

São José da Costa Rica, coração civil/ Me inspire no meu sonho de amor Brasil/ Se o poeta é o que sonha o que vai ser real Bom sonhar coisas boas que o homem faz

E esperar pelos frutos no quintal.

Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder? Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter/Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida/ Eu viver bem melhor/ Doido pra ver o meu sonho teimoso, um dia se realizar. (Milton Nacimento)

(*) Maria Aparecida Silva é pedagoga e psicopedagoga. Membro da Coordenação Diocesana de Pastorais

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1 COMENTÁRIO

  1. Muito interessante o que foi escrito Francisco foi um homem diferente e que precisamos conhecê-lo para segui-lo, e tudo nele respira muita generosidade
    e muito amor…. A sua verdadeira política é o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo vamos segui-lo como ele o fez seguindo o evangelho…….paz e bem

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