A Igreja da diocese de Rondonópolis-Guiratinga, em comunhão com a CNBB, celebra o mês de outubro como o mês missionário, sinal de esperança e de solidariedade nestes tempos de pandemia.
Somos chamados pelo Batismo a sermos missionários. Nesse ano a Igreja, foca no tema: “A vida é missão”, que faz parte do nosso ser, a nossa identidade.
Mês Missionário e se volta para a necessária compreensão do ide, isto é, da permanente preocupação pelo anúncio dos ensinamentos de Jesus a todos os povos.
“Batizados” e enviados de Cristo, em missão principalmente nesse tempo de isolamento social, onde somos chamados a sermos profetas da ternura levando a todos a esperança de podermos sonhar com um mundo mais humano, justo e fraterno.
Nesta perspectiva, vivemos um ano, marcado pelas tribulações e desafios de perdas, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida, dor emocional, depressão, causados pela pandemia do covid-19. O caminho missionário da Igreja continua à luz da Palavra de Deus que encontramos na narração da vocação do profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6, 8).
Este chamado provém do coração de Deus, da sua misericórdia, que interpela e a Igreja domestica acolhedora na crise atual, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada, de estar no mesmo barco, frágeis, desorientados e confusos, assustados, desorientados e temerosos.
Observamos que o sofrimento e a morte fazem-nos experimentar a fragilidade humana. Então os discípulos o acordaram e disseram: – Mestre! Nós vamos morrer! (Mc 4,35).
A vida humana nasce do amor, cresce no amor e tende para o amor a Deus que continue a se manifestar o seu amor, tocar e transformar corações, mentes, corpos, sociedades e culturas em todo o tempo e lugar.
Deus revela que o seu amor é por todos e cada um (cf. Jo 19, 26-27). E pede-nos a nossa disponibilidade pessoal para ser enviados, a dar vida. Jesus é o Missionário do Pai e atrai-nos com o seu Espírito, que anima a Igreja, torna-nos discípulos e envia-nos em missão, a “Igreja em saída”, na missão de anunciar o Evangelho.
A relação comunitária, espiritual e social estão fragilizadas, comprometida e aumenta a desconfiança e a indiferença, nos relacionarmos com as pessoas. É na oração, que Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação.
Jesus nos convida a avaliar a nossa fé. Ele está conosco, nos momentos difíceis e nos consola com tua Paz. Nos chama a sermos discípulos do caminho da Boa Nova da libertação.
(*) Maria Aparecida Silva, membro da Coor. Dioc. de Pastoral