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, 21 maio 2024
 
 

CEBs: Igreja em saída!

(*) Rinaldo Meira

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As nossas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) buscam experienciar o sonho do Reino de Deus, que está a caminho. Elas são ponto de partida e não a chegada.

Essas pequenas Comunidades, berço dos diversos Ministérios, Carismas e Dons, constituem o chão concreto onde o Povo de Deus é chamado a “armar a sua tenda”.

Criando espaços de acolhida, de convivência, de partilha da vida, dos saberes, capacidades e serviços. Emergem daí o protagonismo, métodos e instrumentos, que em meio as dificuldades e conquistas vão fazendo e experimentando o Reino de Deus, que já está acontecendo, embora não em plenitude.

Nunca é demais destacarmos o pano de fundo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2015-2019), “EVANGELIZAR,a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”.

Aqui se destaca a importância das CEBs. Elas motivam e reúnem as pessoas, para celebrar a vida, o mistério da morte e ressurreição de Jesus de Nazaré, tendo como seus pilares a Palavra de Deus e a Eucaristia. Isso é ser e fazer Igreja, pois, a própria etimologia desta grafia nos remete a “assembleia convocada”.

Quando a Comunidade consegue despertar e cultivar a mística cristã em seus membros, propiciando a estes uma interpretação e vivência coerente com o Caminho apontado por Jesus de Nazaré, ela se fortalece e fica mais preparada para enfrentar os desafios e armadilhas que este tempo insiste em preparar para as instituições.

Nesse campo nosso Papa Francisco tem insistido muito para lermos os sinais dos tempos e nos atentarmos para as urgências e desafios que nos impõem o tempo presente, principalmente no mundo urbano, onde se concentram a maior parte do nosso Povo de Deus, como aponta o §72 da Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho:

Na cidade, o elemento religioso é mediado por diferentes estilos de vida, por costumes ligados a um sentido do tempo, do território e das relações que difere do estilo das populações rurais. Na vida cotidiana, muitas vezes os citadinos lutam para sobreviver e, nessa luta, esconde-se um sentido profundo da existência que habitualmente comporta também um profundo sentido religioso. Precisamos contemplá-los para conseguirmos um diálogo parecido com o que o Senhor teve com a Samaritana, junto do poço onde ela procurava saciar sua sede (cf. Jo 4,726) Extraímos então, que devemos aumentar nossa atenção continuamente para nossa ação ser de pastoreio com o povo, sendo nosso serviço uma vivência profunda da nossa mística. Afinal, com o nosso Batismo e Confirmação nos tornamos corresponsáveis pela evangelização nas nossas Paróquias – Redes de Comunidades.

Aliás, neste ano do Laicato, nada mais propício do que unirmos e dialogarmos com todas as forças presentes em nossa Igreja, para nos aproximarmos cada vez mais com o retrato das primeiras comunidades cristãs, que eram perseverantes na oração e na fração do pão (At. 2,42). Esse é o nosso chão, esse é nosso ponto de partida.

Oportunamente, pela ocasião de estar se realizando neste fim de semana aqui em nosso Centro Diocesano de Pastoral a Ampliada Nacional das CEBs, partilhamos a alegria de estarmos recebendo irmãos leigas, leigos, padres religiosas, religiosos e bispos de nossas Comunidades, vindos de todos os cantos do país, para exercitarmos a dialética, analisarmos os avanços e desafios na caminhada e construirmos propostas que nos ajude a lançarmos as nossas redes em águas mais profundas.

É tempo de reafirmamos o nosso compromisso frente às exigências e urgências que este tempo desafiador nos convoca. Como cristãos, continuemos nos conscientizando, compartilhando a experiência e a alegria do encontro com Cristo, testemunhando-O e anunciando-O de pessoa a pessoa, de comunidade a comunidade e da Igreja a todos os confins do mundo (cf. At 1,8).

Que a Santíssima Trindade, a melhor Comunidade, continue abençoando as nossas CEBs e suscitando em nós o desejo continuado do avivamento da Fé, da Esperança e da Caridade.

Amém! Axé! Awire! Aleluia!

(*) Rinaldo Cardoso Meira é Articulador Regional das CEBs

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