(*) Maria Cecília
(*) Maria da Glória
(*) Marilza Mendes
A escuta na educação infantil vai além do diálogo em que um fala e o outro escuta, temos que considerar os contextos familiares, sociais e culturais em que a criança está inserida. No nosso dia a dia na sala de aula, e também em casa, precisamos praticar a escuta ativa para ajudar a entender o que está acontecendo com as nossas crianças e escutá-las, não é apenas fazer as suas vontades, mas sim reconhecer que ela tem necessidades e nem sempre é possível atender.
Sabemos que a família tem um ritmo de trabalho que na maioria das vezes não consegue ter tempo para escutar o que nossas crianças sentem, e precisam, daí a importância desse papel do professor na sala de aula, para que tenha um olhar mais aguçado para escutá-las.
O cotidiano da educação infantil é marcado pela visão que os professores têm sobre as crianças e isso se revela nas sutilezas das práticas, na organização do espaço e do tempo, nas propostas pedagógicas, nas interações e brincadeiras e nas experiências possíveis que às vezes se manifestam no decorrer da rotina escolar.
Ao ter uma aula planejada temos a oportunidade de conhecer cada criança em sua individualidade, é dar voz, considerar, perceber, observar favorecer a autonomia para que ela seja de fato um sujeito de direitos. Direito esse em que o professor tenha uma postura em que a criança não se sinta intimidada por ele mas conversar com ela respeitando a sua insegurança e o seu tempo para se expressar.
Segundo Adriana Friedman “todo ser humano quer ser escutado mas, principalmente, respeitado. Não diferente com as crianças.”
Portanto, é de suma importância que o direito da criança ecoe através da fala, para que todos possam se expressar e que todos possam escutar.
(*) Maria Cecilia Generoso da Silva, Maria da Glória Alves Pereira e Marilza Mendes Castro da Nobrega são professoras da CMEI João Lopes da Silva