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, 21 maio 2024
 
 

Inglês via podcast

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No mundo atual, o que é visto ou assistido parece ter mais valor do que o que é ouvido, ou lido. Em outras palavras, ao menos num primeiro momento, os vídeos convencem (e seduzem) mais do que as demais formas de comunicação e informação, como o jornal impresso e o rádio. Nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens, inclusive, quando viável, são os vídeos as vedetes das interações, em especial quando é possível fazer lives (gravações ao vivo) ou entrar em contato com alguém por (há quem prefira) mensagem de vídeo.

Tal fenômeno se explica pela dificuldade que muita gente tem com a ortografia da língua portuguesa (ou inglesa) e até mesmo por achar inadequado ou feio o som da própria voz, evitando, a todo custo, enviar mensagens voicificadas, mas se sentindo totalmente à vontade para enviar vídeos fazendo caras e bocas, emitindo grunhidos e gritinhos, como se eles (os vídeos) fossem selfies em movimento.

Ocorre que para nós, seres ligados ao campo da linguagem, sabemos que uma das maiores dificuldades de um aprendiz ou usuário da língua inglesa é justamente a habilidade a que chamamos de listening (compreensão auditiva), e isso acontece por um simples fato: nós, brasileiros, ouvimos pouco (pouquíssimo!) material na língua-alvo e, com isso, essa parte importante do nosso aprendizado ou uso não é priorizada. Resultado: quem geralmente não ouve material em inglês com alguma frequência raramente fala bem, ou seja, com pronúncia clara e boa intonação, dentre outros atributos que só se adquire com o tempo, e a prática, of course!

Daí que, surgido no início dos anos 2000, o podcast (junção das palavras pod, ‘vagem’, e cast, ‘elenco’ ou ‘gesso’) é uma mídia relativamente recente que ainda é subutilizada tanto por professores quanto por alunos de idiomas, mormente os de língua inglesa, seja no sentido de ouvir ou até mesmo de (quem sabe?) produzir arquivos nesse formato. Em resumo, podcasts são considerados textos para ouvir, e textos (notoriamente) são um big problem para Brazilian citizens de todas as idades, infelizmente.

De qualquer forma, uma das muitas vantagens que os podcasts oferecem é justamente o fato de que a maioria deles (ou de seus arquivos disponíveis na rede) é gratuita, permanecendo à disposição dos interessados por um tempo indeterminado. Com isso, é possível ter acesso a material sobre os mais diversos assuntos e das mais inimagináveis origens e searas do conhecimento ou interesse humano, como política (talkingpoliticspodcast.com), futebol (totalsoccershow.com) e religião (gospelinlife.com), alguns dos temas considerados tabu em qualquer rodinha de verso e prosa, right?

Por outro lado, um ponto negativo dos podcasts, logicamente, é a posição de passividade que ele coloca o seu ouvinte ao menos no primeiro contato com o conteúdo disponibilizado. No campo da educação, para dinamizar esse contato e torná-lo mais produtivo no que se refere à aprendizagem de novas palavras, novas expressões e até mesmo de novas formas de pronunciar, sugiro que sejam feitas anotações pontuais numa eventual segunda ou terceira audição do conteúdo escolhido, e da sua duração. Lembrando que alguns sites ou blogs que dão acesso aos podcasts também disponibilizam as transcrições desses áudios, o que torna ainda mais produtiva essa interação cibernética.

Therefore, na próxima vez que você for estudar ou praticar inglês (ou outro idioma), dear reader, lembre-se da existência e utilidade dos podcasts, okay?

P.S.: Believe it or not, 21 de outubro é o Dia do Podcast.

(*) Jerry Mill é mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis e autor do livro Inglês de Fachada

 

 

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