Qual é o valor da vida

(*) Danieli do Prado

Do que vale a vida, se não reconhecemos quem somos e não aceitamos a real situação a qual nos encontramos. A vida é um sopro, um fôlego lançado ao tempo. É esse sopro do espírito que percorre seu próprio tempo, sendo que esse mesmo tempo se torna seu pior inimigo.

Em um estalar de dedos, me perco em alguns desejos, visualizo um deserto escuro, apenas um muro, mas na certeza que situações melhores são capazes de surgir quando existe boa vontade. Entretanto, sem atitude não iremos a lugar algum.

Muitas de nossas atitudes se resumem em reclamar tanto e agradecer tão pouco: – Qual ingrata sou, ô minha alma, por saber que temos a oportunidade de fazer a diferença, mas nos perdemos em meio às nossas necessidades. Em uma atitude egoísta, não percebemos o grito abafado de socorro do nosso próximo.

Por isso penso que: – O sentido da vida está em servir ao próximo. Todavia, me questiono: – De qual forma estamos servindo? Será que é assim que desejo ser amparada? Não creio. Acredito em recriar em nós expectativas, rever nossos valores e atitudes. É preciso deixar morrer em nós egoísmos, frustrações, medos e incertezas, recomeçando sempre com altivez, na expectativa de um novo amanhã mais luminoso. Lanço essas questões à espera de um lampejo do farol.

(*) DANIELI BOTELHO DO PRADO é acadêmica do curso de Biblioteconomia da UFMT em Rondonópolis-MT – [email protected]