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A espiritualidade do ministro leigo

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(*) Cleuza Maria

Vou iniciar minha fala com um questionamento: Tanto se fala em espiritualidade, mas já pensou no significado da Palavra?

– Que possui ou revela elevação, transcendência; sublimidade (dicionário online)

– A espiritualidade pode ser definida como uma “propensão humana a buscar significado para a vida; à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio” (Wikipédia).

O Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística, da Palavra, da Visitação e Exéquias é um servidor da Igreja, este ministério é estar a serviço de Jesus na sua comunidade, na sua paróquia, em seu ambiente de trabalho e familiar. Cabe a cada um colocar seus dons a serviço da comunidade fazendo destes ambientes mais fraternos promovendo e transformando as comunidades mais cristãs.

O Concílio Vaticano II compreendeu que leigos são todos os batizados, exceto os membros da ordem sacra e os religiosos. “Pelo batismo somos incorporados a Cristo, isto é o mais importante somos Povo de Deus.” Constituição Dogmática do Concílio Ecumênico Vaticano II sobre a Igreja. Retomando o ensino dos concílios anteriores, propõe-se explicar com maior rigor aos fiéis e a toda a gente a natureza e a missão da Igreja, a qual é em Cristo como que sacramento ou sinal, e também instrumento, da união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano (Lumen Gentium 31)”

Cabe ao cristão leigo uma vida de espiritualidade plena, a espiritualidade cristã está ligada à vida tendo como o Evangelho sua fonte primeira, é o equilíbrio em nossa vida, todo cristão deve abraçar, e o Ministro leigo mais ainda, ser cristão no dia de hoje com tantas agitações é ter acima de tudo Jesus Cristo como modelo de vida com suas palavras, suas ações seu modo de relacionar- se com as pessoas.

Devemos ter sempre a Bíblia em nossas mãos, pois ela é a fonte de espiritualidade de todos nós cristãos, é a história de um povo a caminho, que busca sempre este sentido de caminhar, de viver, nas alegrias e nas tristezas é a nossa esperança, onde encontramos a força do nosso viver, nos dando muito firmeza para enfrentarmos os desafios do dia a dia.

Papa Francisco nos encoraja com sua fala todos os dias, usando expressões que nos toca e nos faz refletir sobre a nossa missão na Igreja. “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, do que uma Igreja enferma pela oclusão e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças”(EG 49)” Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário”(EG80).Sim a uma espiritualidade missionária positiva, capaz de ver, no dia a dia, as pegadas de Deus na humanidade. “Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno” (EG 101) Sim a uma espiritualidade que promova a reciprocidade, o diálogo, o testemunho da comunhão fraterna.

No documento 105 (cap.III) da CNBB, nos fala com muita clareza sobre a vida do leigo na Igreja e na sociedade; O que nós entendemos por espiritualidade encarnada? Vejam:- “A Igreja em “chave de missão” significa estar a serviço do reino, em diálogo com o mundo, inserida na sociedade, encarnada na vida do povo. Uma espiritualidade encarnada caracteriza-se pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna e pela inserção no mundo. Não podemos querer um Cristo sem carne e sem cruz.”

De acordo com as Diretrizes da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, cabe aos ministros sobre o cultivo da espiritualidade:- “A espiritualidade do/a ministro/a é a resposta ao apelo missionário de Cristo “Ide e evangelizar” e deverá cultivar uma espiritualidade de serviço às pessoas, à comunidade e à missão.” Ainda sobre as diretrizes:- Cada ministro/a deverá participar de um retiro espiritual uma vez por ano, sendo assim teremos neste final de semana em Fátima de São Lourenço um retiro espiritual com o Tema” Uma missão de Fé a Serviço da Vida” e Lema “ Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” Mt 20,28

Nós leigos temos uma participação na Igreja, na sociedade, na família muito marcante e devemos atuar como vocação de cristãos leigos (batizados) de forma plena na construção de um mundo mais justo, fraterno, e no amor; é através do amor que nasce o compromisso de sermos responsáveis uns pelos outros e pela missão da Igreja no mundo.

Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: “Quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me!(Isaías 6:8)

(*) Cleuza Maria Martins Manera, Coordenadora Diocesana de Ministros

 

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