Sentei no barranco do rio
Fiquei a olhar a correnteza
Um lugar tranquilo sombrio
Parte rica da natureza.
Água doce e cristalina
Cheia de bacias e cristais
Veio acender minha adrenalina
Esplendoroso demais.
Deixei os pés no riacho
Indescritível o que senti
Havia um desnível tão baixo
Só não levava os lambaris.
Galhos de capim na ribanceira
Bebendo dessa água gelada
Vi nas margens algumas figueiras
Tela por Deus desenhada.
Ondas descendo sem plano
Alimentando as cascatas
Logo estarão no oceano
Entregando a essência das matas.
Vida que segue frequente
Como o resumo da chuva
São belos esses afluentes
Quais as mãos da noiva na luva.
(*) Francisco Assis Silva é poeta e militar – email: [email protected]