Dona do principado,
Vive deambulando,
Como um bom súdito,
Vivo sonhando.
Tive oportunidade
De poder tocá-la,
Mas como um bom plebeu,
Só posso admirá-la.
Fios ondulados,
À mercê do vento.
Esvoaçando como borboletas
Ao redor do meu intento.
Trejeito gracioso,
Que sugere uma insurgida,
Mas como um bom guardião
Tenho minha função definida.
Se pudesse me enrolar de verdade
Em seus caracóis,
Na velocidade dum molusco
Durante dias, luas e sóis…
(*) Hermélio Silva é escritor e membro fundador da Academia Rondonopolitana de Letras, cadeira número 6