É o pantanal, estradas que cortam a imensidão
Lagos tomados de jacarés e capivaras,
Natureza que tenta se impor teimosamente
Sobrepondo sobre a devastação,
Quanto mais ando mais me embrenho no ermo,
Casas não há!
Só ao longe as pastagens e a estrada
Acusam a ocupação humana.
Sinto-me absoluto! Só eu! Sou único!
Bandos de jacarés, tuiuiús e capivaras,
Povoam as redondezas,
Observam-me com estranheza
Se eu os preocupo, eles muito mais a mim
A tarde cai,
E com ela um por do sol único, maravilhoso,
Que nunca um pintor poderia assemelhar
Pela beleza e originalidade
Que pare o tempo, que fique esse momento
Fossilizado para sempre em minha mente.
(*) Jakson Aguirre é poeta e morador em Rondonópolis