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Rondonópolis
, 10 maio 2024
 
 

A complexidade da política antidrogas

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Mesmo polêmico, com grupos que defendem e outros que são contrários, o projeto de lei que prevê, no município de Rondonópolis, a internação compulsória de dependentes químicos, de autoria do vereador Manoel da Silva Neto, trouxe ao debate a problemática das drogas em Rondonópolis. Na próxima segunda-feira, a saúde se reunirá com a segurança pública para debater sobre o tema.
O problema é que Rondonópolis ainda não possui políticas antidrogas fortalecidas, ainda depende do Estado para encaminhar dependentes químicos que precisam de internação para comunidades terapêuticas de outras cidades. Conta somente com o atendimento da crise que pode ser feito no Pronto Atendimento (PA) e a desintoxicação, que pode ser feita no Hospital Paulo de Tarso. Após a desintoxicação, parte dos dependentes passará a ser atendido nos Caps e outra dependerá de uma vaga para internação e, se tiver sorte, conseguirá.
A internação compulsória pretendida, segundo psicólogos, é utilizada como medida de desintoxicação e não configura o tratamento. Assim, se o dependente for internado para desintoxicação voluntariamente, involuntariamente ou compulsoriamente, eles passarão pelo mesmo processo: serão desintoxicados e depois aguardarão uma vaga em uma comunidade terapêutica, ou seguirão o tratamento em sistema aberto com Caps.
O que deve ser levado em consideração durante a discussão que será feita é elaborar uma política antidrogas verdadeiramente fortalecida em Rondonópolis, em que a droga seja reconhecida como um dos maiores problemas de saúde pública em nossa cidade e buscar ações que tirem as crianças e jovens da vulnerabilidade em que vivem, caso contrário, sempre haverá mais e mais dependentes químicos.
Essas ações preventivas, que buscam retirar os jovens da situação de vulnerabilidade podem ser a integralidade do ensino público, ou a criação de espaços para prática cultural e de esportes onde os jovens fiquem no período em que não estão estudando. Hoje, basta dar uma volta pelos bairros da cidade e ver crianças e adolescentes sozinhos na rua, no período em que não estão na escola, somente esperando o traficante chegar.

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