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Sou a soma de muitos

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Ruy Ferreira - opiniao - 22-05-12O Brasil não é uma nação porque seus filhos tem uma mesma origem, ou possuem uma linguagem comum e muito menos por armazenar as mesmas tradições. A Nação Brasileira é formada por pessoas distribuídas aleatoriamente em seu território, vinda de muitas origens, que se congregam em torno de uma vontade democrática intencional de viver junto. Isso nos torna diferentes de nacionais como os ingleses, os sírios, os chineses e tantos outros povos nascidos pela descendência única.
Somos a soma de todos eles. Somos Ruy, Pedro, Lívia, Júlia, Marina, Ana, Gustavo… Nós não somos os anônimos. Temos nomes, muitos mesmos. Cada um de nós tem um rosto e ponho o meu na internet, nas ruas e nas praças, não preciso de máscara, nem que ninguém me substitua ou me represente, para isso.
Aquela massa disforme e manobrável ainda não estava nas ruas, agora o cabresto governamental cobrou o preço da corrupção de ideário e ela surgiu com a cara de “trabalhador”, como se as centrais sindicais representassem algum trabalhador brasileiro. Essa massa ainda acha que há um deus no Palácio do Planalto e que tudo será resolvido com um milagre. Não há deuses em palácios, lá existem pessoas como outra qualquer.
Eu sou um e quero ser um todo com outros “eus” que marcham e se manifestam. Essa estória de coletivo é boa para boiada, para gente o bom é o respeito ao indivíduo, à democracia e o fazer junto em consensos possíveis. Eu não tenho a solução. Sequer tenho claro o problema. Só não quero o Brasil que aí está hoje, esse com educação que nem mesmo alfabetiza o cidadão, saúde que mata mais que cura, infraestrutura bombardeada, imoralidade para todo lado, em especial entre membros do Estado. Mas, sei que posso ajudar a criar outro país, onde meus netos poderão se orgulhar de serem cidadãos.
Convivendo com o outro eu julgo ser capaz de fazer o novo diferente do velho. Não me fale do velho como solução, pois deu errado no passado e dará de novo agora. Se você é um líder político então minha palavra para você é: – Dane-se. Se você é um socialista, minha palavra para você é: Dane-se. Se você é um neoliberal minha palavra para você é: Dane-se. Se você é um nazista, fascista, petista, comunista ou outro “ista” da vida, minha palavra para você é: Dane-se.
Vou mudar eu mesmo. Vou conviver mudado com outras pessoas e elas poderão julgar, ao me ver mudado, se mudar é bom ou ruim. É na convivência que vou fazer minha luta. Seja onde for eu vou impor a mim mesmo o sentimento da solidariedade, a obrigação de amar, o respeito ao direito de ser eu mesmo e de outro ser ele mesmo, vou me impor à paz. Afinal, nem inimigo eu tenho, logo não tenho contra quem guerrear.
E, ao mudar, sei que o mundo mudou e quem sabe, nesse mundo mudado, você, querido leitor, decida mudar de outro jeito e aí o mundo vai mudar de novo. Só não me peçam para ter esperança no governo, esperança em milagres, sentir medo, temor ou me tornar um covarde aos 60 anos. Pois, ainda não conheci na vida tais sensações.

(*) Ruy Ferreira é professor doutor do campus local da UFMT

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2 COMENTÁRIOS

  1. Esse artigo é o homem que conheço, o professor/doutor Ruy, um brasileiro com “B” maiúsculo, pois tanto ele como eu queremos um Brasil decente, sem roubalheira, com punição para os ladrões e, principalmente para os protegidos pelo sistema apodrecido que está aí, pois nos bastidores tem elementos que dão as cartas e vão manipulando para obter vantagens fantásticas, e, tecendo a teia do socialismo/comunismo cubano para ser implantado no país, como os já existentes na Venezuela, Equador, Bolívia e aos poucos também na Argentina.Enquanto nossa gente morre por falta de atendimento médico e de medicamentos, sendo assaltada e morta à luz do dia, seja nas ruas, no comércio ou dentro de casa, como também com milhares de mortes pelas estradas federais por falta de manutenção e duplicação, dentre outros. Segurança não existe, a educação é um desastre, enquanto as arrecadações de impostos são astronômicas, mas a gastança governamental é maior ainda sem que possamos usufruir em forma de benefícios. Roubalheira e impunidade é o que mais existe em nosso país. Até quando?

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