Esses trabalhadores, diuturnamente, prestam relevantes serviços à comunidade em que atuam, sendo instrumentos que praticam o ensino, demonstrando desde a educação infantil, passando pelos anos iniciais e finais do ensino fundamental, no ensino médio e também no ensino superior que todos são capazes de aprender e apreender os diversos conteúdos dentro das diversas disciplinas e áreas do conhecimento. Além do mais, a capacidade formativa da população existe, e que todo mundo possui diferentes níveis de aprendizado, e todas estas capacidades devem ser respeitadas, como gente, pessoa importante que é.
Dentro desse contexto de importância que os professores possuem, e que muitas vezes o poder público não leva em consideração, venho nesse texto externar a falta de vontade do poder público municipal de conceder a elevação de nível a muitos colegas que desenvolveram mestrado no exterior, e que como mestres que são ainda não participaram nos seus holerites da valorização correspondente ao seu novo nível de graduação. A falta de vontade do poder público nesse caso foi gritante, pois a Câmara aprovou a lei, a Secretaria de Educação concebeu, porém a Procuradoria do Município ainda não homologou.
Por outro lado, no mesmo instante em que o poder público não valoriza nossos novos mestres aqui em Rondonópolis, observo no plano nacional a liberação do governo federal para que centenas de médicos cubanos venham para o Brasil exercer sua profissão. A discrepância é muito grande, pois os entes públicos não valorizam os nossos mestres, professores e profissionais como devem, mas cede espaço para que médicos de outro país venha para o Brasil tomar o lugar dos nossos médicos. É muita contradição. É muita falta de vontade de investir nos nossos profissionais. Nada contra os médicos cubanos, mas aqui no Brasil temos profissionais da medicina que necessitam ser mais valorizados e devidamente capacitados
As melhorias nos serviços públicos passam sim pela valorização dos profissionais. Sejam eles professores, médicos, fisioterapeutas, enfim, toda e qualquer profissão deve ser valorizada pelos seus préstimos serviços. Mas, adiante, ficam nesse texto duas reflexões:
1ª – a de que os professores merecem ser valorizados como profissão base da sociedade, que ensina a todas as outras profissões. Todos os profissionais formados têm a obrigatoriedade de passar por um professor. Dentro desta premissa, a profissão docente tinha que ser a mais valorizada de todas, mas não é isso que acontece, infelizmente está longe de acontecer. No caso nosso aqui da rede municipal, a lei federal do piso da educação ainda não é cumprida.
2ª – Que existe um descaso dos poderes constituídos no que diz respeito à capacitação de nossos profissionais, pois para acatarem o diploma de mestrado dos professores de Rondonópolis que legitimamente fizeram a pós-graduação fora do país, se torna muito burocrático e difícil, porém, na esfera federal, para receberem médicos cubanos aqui no nosso país, se tornou a coisa mais fácil e sem burocracia do planeta, destratando assim, os nossos profissionais da medicina, fazendo pouco caso dos nossos cientistas e médicos. São dois pesos e duas medidas. Penso que os governos constituídos e também o nosso governo municipal deveriam valorizar mais os seus profissionais, seja na esfera federal – os médicos – e na esfera municipal – os professores -, com ênfase aqueles nossos novos mestres que ainda não receberam a sua justa elevação de nível. Com a palavra, os governos constituídos!!
(*) Reuber Teles Medeiros é servidor público em Rondonópolis