O que já se vinha apontando há um mês foi posto em prática pelo Governo do Estado: o corte no repasse na saúde pública dos Municípios. Somente em Rondonópolis a redução alcançou 45% dos valores que eram repassados até 2012 e atingiram a saúde básica, de média e de alta complexidade. O corte coloca em cheque a manutenção dos atuais serviços disponibilizados para a população e fez com que, finalmente, os poderes executivo e legislativo da cidade tomassem um posicionamento sobre a questão.
Ocorre que o corte já vinha sendo anunciado há mais de um mês, inclusive pelo Jornal A TRIBUNA, e a maioria esperou que primeiro ocorresse o inevitável para somente depois buscar uma mobilização para tentar reverter a situação. Foi preciso a água chegar até o pescoço para que começassem a agir.
Agora hospitais como a Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis e o Hospital Paulo de Tarso, que recebiam respectivamente os maiores repasses, ficaram com a corda no pescoço. Se ficar como está terão que reduzir os atendimentos à população, assim, o que já era pouco ficará ainda pior.
Se a decisão de cortar 45% dos repasses para Rondonópolis teve um fundo político, como estão alertando alguns vereadores, já que alguns municípios, como Sorriso, não tiveram cortes, não se sabe, mas se teve pode-se dizer que a irresponsabilidade do Estado foi ainda maior. Pois se cortar repasses da saúde de todos os municípios por questões orçamentárias já é incompreensível do ponto de vista das condições da saúde pública em Mato Grosso, penalizar municípios por questões políticas é inadmissível.
Depois que o estrago foi feito, o poder executivo e os vereadores estão se articulando para buscar apoio dos demais municípios da região e assim tentar solucionar o problema com o Governo do Estado ou na Assembleia Legislativa, pois foi ela que deu ao Governo direito de realizar os cortes, em lei aprovada no dia 28 de dezembro de 2012.
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