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Rondonópolis
, 16 maio 2024
 
 

Reino de profetas e sacerdotes

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“Na Festa de Cristo Rei celebramos o Dia do Leigo e da Leiga”

Dia 21/11/2010 comemoramos o Dia Nacional do Laicato
Pelo batismo, somos parte do mistério de amor que é a relação de Deus com sua Igreja. Humanidade incorporada ao Cristo Rei-Profeta-Sacerdote. Para celebrar e refletir sobre esta dimensão da vida cristã foi que a Igreja do Brasil escolheu a Festa de Cristo Rei como Dia Nacional dos Fiéis Cristãos Leigos e Leigas, o que vem ocorrendo ininterruptamente desde o ano de 1992. A realidade do Reino de Deus é o horizonte utópico da vida cristã. Jesus veio anunciá-lo. Aqui, o poder a serviço, a capacidade de doar tudo, a opção radical pelo Reino, é a culminância do ministério de Jesus, que anunciara ter vindo “para fazer a vontade do Pai”.
Seguir a Jesus é atualizar esta experiência de poder servir. Nisso consiste a nobreza dos que pertencem a esta casa real, na qual o Cristo é chamado Príncipe da Paz e o Rei do Universo. A partir desta experiência com o Senhor, os/as batizados/as são – também eles/as construtores do Reino de Deus. Anunciar com destemor o Reino de justiça e da paz em meio a uma realidade desigual e injusta; proclamar a dignidade humana, sobretudo onde ela é mais ferida, na vida dos pobres deste mundo; proclamar e viver a solidariedade e a partilha em meio à indiferença e ao individualismo são sinais de adesão e pertença à missão régia de Cristo.
O Reino é o lugar/espaço da presença de Deus e de seu projeto para a humanidade. Essa perspectiva do Reino impulsiona cristãs e cristãos a um desafio permanente das realidades injustas. Desafiar as forças poderosas que se opõem aos valores do Reino é assumir a profecia, continuidade da missão profética de Jesus Cristo. A denúncia do sistema que destrói o planeta e exclui as pessoas é tarefa imperativa no hoje de nossa história. Propor a paz aos senhores da guerra é perigoso e necessário. Denunciar que a produção de alimentos enriquece a poucos e condena bilhões à fome é autoimposição moral aos cristãos e cristãs. Continuar afirmando a igual dignidade entre as mulheres e os homens é de ordem.
Anunciar o igual valor que têm as pessoas negras e as brancas ou indígenas ou asiáticas é vivência profética. Viver a solidariedade e a partilha, em meio ao consumismo e individualismo é denúncia do antireino e anúncio profético de que é possível um mundo onde a vida vale mais. Acreditar no valor e no potencial dos/as jovens e das crianças é apontar – resoluta e profeticamente – para o futuro. Enveredar pelas lutas justas, as causas boas, as campanhas sérias, as plataformas éticas é manter a capacidade de ir até o final, como Jesus foi capaz de ir ao encontro de sua missão profética; abraçando-a com sua paixão e dilatando-a ao infinito com sua ressurreição, resposta do Pai ao amor do Filho.
Esta conexão do Pai e do Filho, que derrama seu Espírito é precisamente o mistério ao qual somos incorporados por meio do batismo. Esta intimidade com Deus é característica de nossa natureza sacerdotal. Somos um povo de sacerdotes. Chamados e enviados para transfigurar as realidades, segundo o Reino de Deus. Chamados a anunciar a beleza e a santidade da vida que Deus quis criar e recriar em nós e para nós.
É própria de nossa missão de sacerdotes a consagração de todas as realidades nas quais estamos inseridos: a política, a economia, a cultura, a sociedade, a família, a sexualidade, as sociabilidades virtuais, bem como de todas as situações que somos chamados/as a viver. Reconciliarmo-nos, reconciliar a humanidade e a criação a Deus é tarefa para um Povo de Deus todo ele constituído de sacerdotes. O Cristo, Senhor da Vida e da História, caminha conosco e nos aponta o caminho do Reino de Deus; do sacerdócio universal, oriundo de nosso batismo, e da profecia. Ele continua nos convocando! Portanto vamos Segui-lo.

(*) Antonio Miguel Weber dos Santos é presidente do Conselho de Leigos da Diocese de Rondonópolis

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