Venho ocupar esse valoroso espaço que o A TRIBUNA tão gentilmente nos oferece, algo que o faço muito raramente, para falar de preciosidades que nos envolve em todo nosso cotidiano. Falar de música para mim é algo gratificante, é me convidar para um papo agradável em que o tempo não deve ser limitado, é fazer uma longa viagem dentro de mim mesmo. Música é tocar em nossos mais profundos sentimentos, seja pela lembrança de uma infância bem vivida, seja pela saudade da terra natal, ou por um amor bem ou mal sucedido, é por isso que faço minhas as palavras do grande músico Hermeto Pascoal… música não é para se ouvir, é pra se sentir.
Música é uma coisa e sucesso é outra muito diferente, pelo menos nessas quatro décadas em que vivo envolvido nessa área, descobri que ela é como a política, quanto mais você conhece, menos sabemos defini-la.. Já vi nesse punhado de tempo, muitos exemplos de artista, divulgadores, presidentes de importantes gravadoras, que após investir altas granas em um trabalho, reúnem suas diretorias para escolher uma música de trabalho, e aí se faz um verdadeiro alvoroço na mídia e nada acontece, destacando assim outra música do mesmo trabalho, que no meio é conhecida como música de encher disco.
E o que eu quero dizer com isso, é exatamente o que aconteceu com a música “Rondonópolis”, do nobre vereador Olímpio. Poderíamos contratar os maiores compositores da atualidade, ou nem mesmo se o saudoso e mestre Tibiriçá pudesse voltar e fazer uma nova parceria com o nobre vereador Olímpio, jamais poderiam produzir outra canção tão bela e tão nobre quanto esta em questão, estes são momentos únicos, que vem e não voltam nunca mais. O próprio Olímpio, se valendo de sua qualidade de excelente compositor, já produziu outras canções tão lindas como esta, e eu poderia sintetizar aqui algumas como, “Arareau” que também é de parceria com o Tibiriçá, “Eu Sou da Beira do Rio”, “Baila, Baila Rondonópolis”, entre outras, mas a música “Rondonópolis” foi a que caiu no agrado de todos e por isso será sempre incomparável.
Quanto ao Hino Oficial do município, eu como co-autor da letra, não tenho a mesma preocupação do meu querido amigo prof. Aires José, por ser situações muito distintas. Ninguém nunca vai ouvi-lo em um aniversário, num barzinho ou em uma quermesse. Ele deverá ser executado apenas em eventos cívicos e por isso deverá demorar décadas para torna-lo popular, mas de qualquer forma seu enfoque foi muito valoroso e oportuno porque a partir de agora, depois de sua matéria e com a penetração que o jornal A TRIBUNA tem, ninguém poderá mais dizer que não sabia que Rondonópolis tem seu hino oficial
(*) Sebastião de Assis é cantor, compositor e radialista
Parabéns, meu grande amigo e colega Sebastaião de Assis pela sua excelente exposição em relação à maravilhosa música do grande cantor e compositor Olímpio Alvis com o saudoso Tibiriçá, como também, por nos ajudar a “lembrar” mais uma vez de nosso Hino Oficial de Rondonópolis. Relamente, arte, como um todo é algo inexplicável. Talvez nem o artista autor de determinada arte é capaz de explicá-la, por isso ela é tão importante em nosso meio. Ao mesmo tempo que a arte é uma expressão do momento vivido pelo artista em consonância ou dissonância com o mundo real que o cerca, por isso tão linda e criativa ao mesmo tempo, ela também marca ou não o público ao qual se destina. Desta forma, parabéns ao nosso amigo Olímpio Alvis que conseguiu conquistar o coração não só dos rondonopolitanos, mas de todos que ouvem essa linda canção que só tem a analtecer a linda cidade de Rondonópolis.
ABraços a todos os rondonopolitanos e muito obrigado, mais uma vez, a esse magnífico meio de comunicação: “O Jornal A Tribuna” por nos dá esta oportunidade de nos comunicar.
Aires José Pereira é prof. escritor e, de vez em quando, dá uma de compositor também.
Parabéns Assis pelo seu comentário, foi “mel” para meus ouvidos.