Ecologia em sua clássica definição, era considerada a ciência da economia, do modo de vida, das relações externas dos principais organismos.
De acordo com Prigogine&Stenders, (1992), no século passado, disputavam-se correntes do pensamento sistêmico que tentava explicar o surgimento da vida dentro de uma perspectiva holística, ou seja, travavam-se debates entre organicistas e vitalistas, num sinal precursor das atuais ciências da complexidade que busca, entre outros, o conhecimento da vida enquanto sistemas dinâmicos não lineares.
Com a globalização, o mundo tem passado por grandes transformações, em função do advento da revolução industrial e da revolução científica, os quais mudaram todos os paradigmas da época.
A degradação ambiental, a falta da preservação dos recursos naturais, as espécies nativas gradativamente sendo substituídas por aquelas que oferecem benefícios imediatos ao homem, criaram a necessidade de uma melhor harmonia das interferências do homem com o ambiente que o cerca. Enormes desafios surgiram, e as Ciências Ambientais tem um papel preponderante nestas mudanças, fazendo com que cada ser humano pare e pense e se torne um gerente da Ecosfera.
Dentro do nosso espaço limitado, cabe-nos refletir sobre as consequências futuras de nossas atitudes e opções atuais, aderindo a um modelo alternativo para pensarmos o futuro da humanidade num contexto em que as questões globais não podem mais estar dissociadas das considerações locais.
Agora o Pensar Globalmente e Agir Localmente ganha, mais um sentido utópico de quando foi criado, mas passa a ser uma realidade necessária para promover um estilo de desenvolvimento que respeite a sustentabilidade do ser humano em seu ambiente.
O meio ambiente, nosso meio de vida, deixa de ser visto apenas como provedor de recursos e depósito de resíduos, mas um substrato sem o qual não subsistimos, apesar de todo o avanço científico e tecnológico.
Os atores principais em suas inúmeras interfaces, deverão procurar planejar as ações governamentais de curto, médio e longo prazos, implicando naturalmente em mudanças estruturais e de mentalidade, tanto por parte das instituições, como por parte dos tomadores de decisão, levando em consideração a opinião e participação dos diversos segmentos da sociedade, ampliando-se espaços de debate sobre os problemas e alternativas possíveis, construindo-se, deste modo, soluções criativas e inovadoras, além da necessária prevenção dos riscos que possam ocorrer, tanto tecnológicos e ambientais.
Em síntese, a questão sócio-ambiental é, sem dúvida um tanto polêmica, pois envolve inúmeros interesses difusos, porém devem ser buscados consensos e acordos em todos os níveis.
Abre-se portanto um campo muito fértil com a sociedade, para a formação de uma nova mentalidade, a qual só pode surgir a partir de um processo educativo e de COMUNIC(AÇÃO) interativa, pois somos naturalmente importantes interlocutores e devemos atender ás demandas das questões ambientais no nosso dia a dia, independentemente do nosso nível de conhecimento e condições financeiras.
(*) Paulo Roberto é professor doutor do campus local da UFMT
Parabéns,
Prof. Dr. Paulo Roberto,
Pelo excelente artigo sobre Ciência Ambiental.
Abraços de seu amigo Aires José Pereira de Araguaína – TO.