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, 21 maio 2024
 
 

O inglês qualquer nota do BBB 10

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Teve início na terça-feira, 12, mais uma edição do reality show Big Brother Brasil. Na condição de estudioso de fenômenos midiáticos e pesquisador de questões que envolvem a língua e a cultura anglo-americana, organizei minha agenda para lá estar, em frente ao televisor, para ver o que eles aprontariam desta vez. No fim do programa, fiquei com a sensação de que eu bem que poderia ter feito algo melhor – como ver as nuvens se movimentando no céu, por exemplo.
A escalação de Pedro Bial como apresentador, o excesso de futilidades domésticas que presenciei e, de novo, a utilização da canção Vida Real de Paulo Ricardo na abertura do programa podem até agradar a muitos gregos, mas eu ainda fico com os troianos.
Falando nisso, a primeira música veiculada no programa foi I gotta feeling, do grupo Black Eyed Peas (BEP), que foi seguida por muitas outras músicas internacionais que, salvo vacilo na hora das minhas anotações, eram todas cantadas em inglês.
Já os novos brothers e sisters da “casa mais vigiada do Brasil” foram de uma “verdade” desconcertante no seu primeiro contato com o apresentador e, por tabela, com a “nação Big Brother” a assistir. De todos os novos integrantes do BBB deste ano, desculpem o trocadilho, os assumidamente homossexuais deram um colorido especial ao programa, superando em muito os Sarados, os Cabeças, os Ligados e os Belos. Percebeu que “Hi!” foi a primeira palavra que Dicesar disse na hora do pingue-pongue (ou ping pong), pinga-fogo, ou seja lá o que tenha sido aquilo?
Os dread(locks) do barman e único herói negro no BBB Uilliam (não se escreve “William”, você há de perguntar…), a camiseta do personal trainer Kadu (com a mensagem The future is not what it…), as tatuagens em forma de Phoenix, ops, fênix e outras mais de alguns participantes, bem como a menção de palavras internacionalizadas como sites (para adultos), e-mail, rimel, Fotolog, motel, nerd, pitbull, Internet, feeling, Twitter, Mister, gay, drag queen, silicone, diva, Madonna, Bette Davis e Marylin Monroe também mereceram destaque.
Se Uilliam chama a atenção pela grafia, o mesmo pode ser dito de Fani, uma das madrinhas das tribos e provável nova moradora da casa. O nome dela, ao que tudo indica, é uma corruptela de funny, ‘engraçada’ em inglês. E mesmo Londrina, mencionada an passant por Pedro Bial, deve seu nome a Londres, capital da Inglaterra. Uau = Wow!
Além disso, nos caracteres finais do programa aparece o merchandising do Sundown (Kids) e do Nely Gold e, para fechar redondinho, o símbolo ©, que, para quem não sabe, significa Copyrights, ou seja, “direitos reservados”. E ainda há quem diga que eu vejo inglês onde não tem…
Para mim, em especial, o momento mais marcante do programa de estreia do BBB10 se deu quando alguém (quem terá sido?), em meio à prova do líder (ou leader?) perguntou, inocentemente, talvez: “Você já se sentiu um hamster?” Pergunta à qual respondo agora e prontamente: sim, toda vez que vejo, dentre outros programas, o Big Brother Brasil!

(*) Jerry Mill é english expert e presidente da ALCAA (Associação Livre de Cultura Anglo-Americana)

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  1. Me desculpem os aficcionados pelos BBB e a Fazenda, mas considero os programas de uma tamanha futilidade de dar medo. Cultura e aproveitamento, então, nenhuma.

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