Todos os dias sai de casa para trabalhar,
Deixando esposa e filhos, seu abrigo, seu lar.
Lá vai ele, como sempre, sua rotina iniciar,
Lutar contra o crime, com a violência confrontar.
Chega para o expediente, ou vai para o plantão,
Não sabe o que o espera nesse triste mundo cão.
Mas tem que trabalhar, é sua sagrada missão.
Zelar pela sociedade, defender o merecido pão.
Mal a labuta começa, mal o sol pôs-se a raiar,
Já chegam os problemas, vários pra iniciar.
Chega alguém esfaqueado, baleado, bêbado, sem parar.
É um atrás do outro, parece nunca acabar.
Ali em seu cartório, ele entra em ação,
Quase nunca com o conforto que exige a profissão.
Ouve um, atende outro, com calma e concentração,
Todos querem estar certos, mas nem todos têm razão.
Inquéritos, flagrantes, termos e cotas que cumprirá,
Intima, ouve, digita, carimba, certifica, sem parar.
Autua, várias vezes, o prazo não pode expirar.
Se não seguir os trâmites, do doutor vai escutar.
E assim, vai batalhando o nosso pobre irmão,
Na interminável luta pelo bem da instituição.
Sabe que é preciso, faz parte da profissão.
Sem reclamar, lá vai ele, mais uma autenticação.
Nosso amigo não se queixa da carga a carregar.
Gosta daquilo que faz e daquilo que fará.
Papéis e mais papéis, ele tem que destrinchar.
Até que o dia termine e retorne ao seu lar.
Assim é a dura vida daquele que com razão,
Pede condições de trabalho, um pouco mais de atenção.
Pois ele escreve a história da Polícia, como não?
O herói que ora descrevo, nosso amigo Escrivão…
O dia de um escrivão de policia é exatamente como foi narrado em versos. Sejamos justos, também nossos colegas investigadores, agentes, papiloscopistas e carcereiros levam uma vida sacrificada.
O escrivão santista.