VACINAÇÃO NAS FÉRIAS

As férias já estão chegando e o período de viagens também. Nesta época, é importante estar em dia com as vacinas que compõem o calendário nacional. Conforme o destino da viagem, a atenção deve ser redobrada.
“A vacina contra o vírus da hepatite A, por exemplo, não faz parte do calendário oficial, mas é muito importante. Este vírus está relacionado com a ingestão de água e alimentos contaminados. A sua circulação é grande em várias regiões do país, por isso a importância da vacinação pelo menos 15 dias antes da viagem”, informa a dra. Rosana Richtmann, presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) e médica infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
Para manter a proteção da vacina, uma segunda dose deve ser tomada após seis meses.
“A vacina contra a febre amarela é fundamental para quem pretende visitar áreas de risco, como América do Sul e África Subsaariana”, explica a doutora.
De olho na alimentação
Qualquer que seja o destino, a alimentação é um item importante que deve ser levado a sério. Uma sugestão da especialista é evitar consumir alimentos em locais de higiene precária, assim como água.
“Nestes locais, até mesmo alimentos crus devem ser evitados, assim como maionese ou cremes. Se não for possível evitar, deve-se optar por alimentos cozidos”, sugere.
Estas medidas podem prevenir a doença mais comum adquirida em viagens: a diarreia do viajante. O mal é causado por microorganismos adquiridos especialmente em decorrência da falta de higiene.
“A melhor forma de prevenção, que vale para infecções gastrointestinais e também respiratórias, é a correta higienização das mãos, que devem ser lavadas com água, sabão e álcool gel. Devemos higienizar as mãos sempre após ir ao banheiro e antes de se alimentar. Nas viagens de férias, é importante ter sempre à mão um frasco de álcool gel”, afirma.
dicas de
prevenção
Outro cuidado importante é a prevenção de picadas de mosquitos, que podem trazer doenças como febre amarela, dengue e malária.
“Essa prevenção pode ser feita com o uso de repelentes e mosquiteiros. A utilização de roupas claras com mangas longas e a não utilização de perfumes também ajudam no combate às picadas. No caso da malária, como ainda não dispomos de vacina, conforme o tempo de duração da viagem o médico pode indicar medicamentos específicos para auxiliar”, ressalta a doutora.
No caso de diarreia e vômitos, as pessoas devem estar atentas a sintomas de desidratação. O cuidado com a alimentação e com o consumo de água potável ajudam a evitar a chamada ‘diarreia do viajante’.
“Nestes casos, é importante procurar auxílio médico. Pode ser necessária a hidratação na veia. Outro sintoma importante é a diminuição da urina, febre prolongada e dor de cabeça, que podem requerer exames laboratoriais”, adianta.